A carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve apresentar alta de 1,5% em março e somar 73.820 MW médios, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). A alta deve ocorrer apesar da queda do indicador de confiança da indústria e de serviços. Para abril o crescimento esperado é de 3,7% e, para o ano, fica mantida a previsão de alta de 2,1% no SIN.
O Sudeste foi o submercado que apresentou o maior crescimento da carga, de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com um total de 43.518 MW médios. O motivo da alta, que ficou acima da previsão anterior foi o aumento das temperaturas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e que não devem se realizar nos próximos meses.
Mesmo com a expectativa de queda para os próximos meses, na comparação anual, a carga deve apresentar alta no Sudeste, de 5% em abril, e de 0,9% em maio.
Apesar de temperaturas elevadas registradas neste mês no submercado Sul, a passagem de frentes frias impactou diretamente na queda da carga em determinados momentos, levando a uma estimativa de fechamento de 13.054 MW médios, 0,3% acima de março de 2021.
A carga também deverá apresentar tendência de queda nos próximos meses, no entanto, na comparação anual, a expectativa é de ficarem próximas à média, e alcançar alta de 4,2%.
No subsistema Nordeste a estimativa de fechamento de março é de 11.573 MW médios, uma alta de 1,5% acima de março de 2021. A expectativa do ONS é que a carga continue elevada nos próximos meses, com aumento de 3% em abril.
Com a redução expressiva de um consumidor livre, o submercado Norte deve encerrar o mês de março com carga de 5.675 MW médios, queda de de 2,8% na comparação anual. A redução da carga deve se acentuar em abril, e ficar 4,6% em relação ao mesmo mês de 2021
As projeções foram apresentadas durante a reunião do Programa Mensal da Operação (PMO), realizada nesta quinta-feira, 24 de março. Durante o encontro, o ONS foi questionado por um agente sobre os impactos das tensões geopolíticas para as projeções do setor de energia no Brasil.
O Operador disse ter solicitado informação de disponibilidade de geração das termelétricas para o ano, “principalmente devido ao contexto global de abastecimento de combustíveis”.