A carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve chegar a 82.607 MW médios em fevereiro, crescimento de 5,5% em relação ao mesmo mês de 2023. Os dados, divulgados na sexta-feira, 26 de janeiro, são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O valor está abaixo do previsto anteriormente pela entidade, de 6,5%.
Com afluências acima da média histórica para o mês, o Norte conta com a maior previsão de crescimento para o período, com 14,5%, a 7.635 MW médios.
Segundo o Operador, a taxa de crescimento estimada para a área segue influenciada pela retomada gradativa da carga da rede básica do setor de alumínio.
Afluências abaixo da média histórica estão previstas para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste, que podem apresentar variação positiva de 4,5%, 2% e 8,2%, respectivamente.
As perspectivas para a Energia Natural Afluente (ENA) demonstram uma elevação, porém ainda abaixo da média do período tipicamente úmido em praticamente todos os subsistemas. O subsistema Norte deve registrar o percentual mais elevado, com 102% da Média de Longo Termo (MLT), em fevereiro, devido ao melhor cenário hidrográfico das usinas de Belo Monte e Jirau.
Para os demais subsistemas, a ENA ao final de fevereiro deve chegar aos seguintes patamares: Sul, com 77% da MLT, Sudeste/Centro-Oeste, com 71% da MLT, e Nordeste, com 61% da MLT.
Os níveis de Energia Armazenada (EAR) pode ficar acima de 60% em quase todos os subsistemas. A maior EAR é projetada para o Norte (95,2%), seguida pelo Sudeste/Centro-Oeste (68,2%), Nordeste (63%) e Sul (46,2%).
“Apesar da ocorrência de precipitação abaixo da média histórica em bacias hidrográficas localizadas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, durante o período de outubro de 2023 a janeiro de 2024, quando é caraterizada a estação chuvosa, temos energia armazenada. Porém, o atendimento nos horários de ponta de carga, aqueles de maior demanda da sociedade, é um desafio para a operação, podendo ser necessário o acionamento do despacho térmico adicional”, afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.
Já o Custo Marginal de Operação (CMO) continua em zero em todos os subsistemas, como observado ao longo de todo o ano de 2023 e janeiro de 2024.