A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), o gabinete de crise criado pelo governo para lidar com a crise energética, decidiu manter as medidas extraordinárias adotadas para a operação do sistema elétrico para assegurar o abastecimento de energia no país, entre elas as flexibilizações hidráulicas das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera até fevereiro de 2022. A operação flexibilizada para o horizonte a partir de março de 2022 ainda será avaliada pelo colegiado.
As decisões foram tomadas em reunião realizada nesta sexta-feira, 15 de outubro. Na ocasião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou as condições de atendimento e as perspectivas para os próximos meses.
“Em relação ao atendimento para os próximos meses, as novas projeções apresentadas pelo ONS indicam o atendimento da carga de energia elétrica nos cenários avaliados, com a possibilidade de ser necessário o uso marginal da reserva operativa para atendimento de potência no cenário conservador apresentado, em alguns momentos do mês de outubro de 2021 e em menor escala nos meses de novembro e dezembro”, informou o Ministério de Minas e Energia, em nota.
No encontro, foi apontado o aumento das chuvas no país, principalmente na região Sul. “Além disso, há expectativa de ocorrência de chuvas em maiores volumes nas regiões Sudeste/Centro-Oeste no curto prazo”, completou o ministério.
O operador também elevou a previsão de afluências para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, de 99% da média de longo termo (MLT) para 103% da MLT. O ONS também elevou as projeções do nível de armazenamento dos reservatórios do subsistema no fim deste mês, de 15,2% para 16,7%.
Com relação à carga, o ONS reduziu o volume esperado para outubro, de 71.163 megawatts (MW) médios para 69.677 MW médios. Assim, o órgão, que previa uma queda de 0,1% da carga este mês, em relação a outubro de 2020, passou a estimar agora uma redução de 2,1% nesse tipo de comparação.