A crise hídrica é motivo de preocupação para os empresários brasileiros, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 572 empresas de diferentes segmentos. Para 90% dos empresários ouvidos, a crise hídrica é motivo de preocupação.
Dos executivos consultados, 52% acredita que a crise vai reduzir a competitividade das suas empresas. Para 39% deles, a situação é provável, enquanto 13% apontaram que a perda de competitividade é uma certeza.
Entre aqueles que acreditam que a crise hídrica é um problema, 83% teme o aumento do custo de energia, 63% se preocupam com um eventual racionamento e 61% com a possibilidade de instabilidade ou de interrupções no fornecimento de energia. Para 34% dos ouvidos, a possibilidade de racionamento de água também é um problema.
A pesquisa fez a distinção entre os grupos de consumidores. Entre os consumidores cativos, estão preocupados com a crise hídrica 89% dos ouvidos. Já entre os consumidores livres, o percentual sobe para 95%. Os autogeradores, por sua vez, têm percentual menor de preocupação, de 84%.
Entre os empresários consultados, 55% acreditam que provavelmente deve acontecer um racionamento de energia em 2021, e outros 7% acreditam que o racionamento acontecerá com certeza. Em relação aos preços de energia, 98% dos consultados esperam aumento em decorrência da crise hídrica.
A pesquisa mostra ainda que 34% das empresas intensificaram o investimento em eficiência energética como uma resposta à crise hídrica. Outros 26% intensificaram investimentos em autogeração ou geração distribuída.
A pesquisa mostra ainda que 65% dos empresários afirmam ser difícil ou muito difícil mudar o horário de operação das suas empresas para fora do horário de pico.
A pesquisa da CNI falou com 572 empresas, 145 de pequeno porte, 200 de médio porte e 227 de grande porte, entre os dias 25 de junho e 2 de julho.