Consumo

Petrobras responde por mais da metade de diesel e gasolina importados

O Brasil importou cerca de 1,2 bilhão de litros de diesel em agosto. Desse total, 58% foram importados pela Petrobras. Com relação à gasolina, foram importados em agosto pouco menos de 300 milhões de litros, dos quais 83% pela estatal, de acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o presidente da Abicom, Sergio Araujo, os preços dos diesel e da gasolina no mercado doméstico continuam defasados em relação ao preço de paridade de importação, o que inviabiliza economicamente a atuação de importadores privados. De acordo com cálculos da entidade, mesmo após o reajuste de 8,9% aplicado na última terça-feira, 28 de fevereiro, a defasagem do

Unidade de destilação da Refinaria de Paulínia (REPLAN)
Unidade de destilação da Refinaria de Paulínia (REPLAN)

O Brasil importou cerca de 1,2 bilhão de litros de diesel em agosto. Desse total, 58% foram importados pela Petrobras. Com relação à gasolina, foram importados em agosto pouco menos de 300 milhões de litros, dos quais 83% pela estatal, de acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo o presidente da Abicom, Sergio Araujo, os preços dos diesel e da gasolina no mercado doméstico continuam defasados em relação ao preço de paridade de importação, o que inviabiliza economicamente a atuação de importadores privados.

De acordo com cálculos da entidade, mesmo após o reajuste de 8,9% aplicado na última terça-feira, 28 de fevereiro, a defasagem do preço do diesel no mercado brasileiro em relação ao preço de paridade de importação estava em R$ 0,24 por litro, ou 7%. No caso da gasolina, a defasagem, de acordo com a Abicom, é de R$ 0,36 por litro ou 12%.

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Em entrevista publicada ontem pelo jornal “O Globo”, no último domingo, 3 de outubro, o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, afirmou que a companhia precisa praticar preços em linha com o mercado internacional para não haver risco de desabastecimento.

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“A quantidade de refino que a Petrobras faz e outras refinarias fazem não abastece o nosso mercado. Da ordem de 30% do diesel e um pouco mais da gasolina dependem de importação. Se esse preço for praticado artificialmente, represado, vai haver desabastecimento no mercado”, afirmou o executivo na entrevista.

Araujo, da Abicom, no entanto, afirmou que o abastecimento só está sendo garantido porque a própria Petrobras está importando os combustíveis em volumes expressivos. “Só não tem desabastecimento porque a Petrobras está importando grandes volumes de gasolina e de diesel“, disse o executivo, à MegaWhat.

“O diesel ficou 85 dias sem alteração, mas o reajuste anunciado na última semana não foi suficiente para equiparar com a paridade. A gasolina já está 53 dias sem reajuste”, completou o presidente da Abicom.

(Atualizado às 9h35)

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