
O anúncio do Plano Nacional de Data Centers será agendado após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Brasil. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao UOL, concedida nesta segunda-feira, 12 de maio.
A nova política foi chamada de Redata e espera atrair aproximadamente R$ 2 trilhões em investimentos nos próximos dez anos, conforme estimativa do governo, a partir de três eixos principais.
Redata: a nova política para data centers
O plano prevê a antecipação dos efeitos da reforma tributária do consumo, que entrará em vigor em 2026 e só será totalmente implementada em 2032. Desta forma, os eixos do Redata preveem a desoneração de 100% dos tributos federais sobre investimentos realizados pelo setor de data centers; redução do imposto de importação para equipamentos de tecnologia da informação que não são fabricados no Brasil; e isenção total de tributos sobre exportações de serviços gerados por esses equipamentos.
“Nós estamos importando 60% dos serviços de data center hoje. Não faz muito sentido. O Brasil tem energia limpa e barata, o Brasil tem um cabeamento superior aos seus vizinhos, de melhor qualidade. Quer dizer, o país tem tudo para processar aqui os seus dados, inclusive por razão de segurança”, afirmou Haddad.
Visita a empresas de tecnologias
Na última semana, Haddad participou de reunião bilateral com a CFO do Google, Ruth Porat, depois se reuniu com o presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, e visitou as instalações da empresa de processadores, placas de vídeo e inteligência artificial (IA).
O ministro ainda participou de encontro com cerca de 40 executivos e vice-presidentes de empresas de tecnologia do Brasil e dos Estados Unidos, organizado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), e de reunião bilateral com executivos da Amazon.