Consumo

Siderúrgicas ampliam previsão de produção e investimentos e descartam racionamento

A indústria siderúrgica brasileira reviu para cima a previsão de produção de aço em 2021, para 35,8 milhões de toneladas, e estima investimentos de US$ 8 bilhões nos próximos cinco anos. Pelo lado da oferta de energia, o setor não vê risco de racionamento, porém iniciou diálogo com o governo federal para contribuir no desenvolvimento de medidas de eficiência energética e reduzir o custo do insumo energético para o segmento. “Não existe uma preocupação com o racionamento. É mais uma questão econômica. Estamos no início de uma conversa que tende a melhorar o sistema como um todo”, afirmou o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, em entrevista coletiva sobre dados da indústria siderúrgica, nesta quinta-feira, 22 de julho.

Siderúrgicas ampliam previsão de produção e investimentos e descartam racionamento

A indústria siderúrgica brasileira reviu para cima a previsão de produção de aço em 2021, para 35,8 milhões de toneladas, e estima investimentos de US$ 8 bilhões nos próximos cinco anos. Pelo lado da oferta de energia, o setor não vê risco de racionamento, porém iniciou diálogo com o governo federal para contribuir no desenvolvimento de medidas de eficiência energética e reduzir o custo do insumo energético para o segmento.

“Não existe uma preocupação com o racionamento. É mais uma questão econômica. Estamos no início de uma conversa que tende a melhorar o sistema como um todo”, afirmou o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, em entrevista coletiva sobre dados da indústria siderúrgica, nesta quinta-feira, 22 de julho.

“Nosso trabalho é de contribuição, com propostas que podemos trazer para eficiência energética, racionalização e, ao mesmo tempo, atacarmos a questão econômica”, completou o executivo.

Previsões

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Com relação aos indicadores do setor siderúrgico, a entidade ajustou a previsão de produção de aço no país em 2021, de 35 milhões de toneladas, feita em maio, para 35,8 milhões. Assim, a expectativa é de um crescimento de 14% da produção neste ano, ante 2020.

O Aço Brasil também ajustou a expectativa de consumo aparente de aço no país este ano, passando de 24,6 milhões de toneladas para 26,6 milhões de toneladas. Dessa forma, o instituto prevê agora um aumento de 24,1% do consumo aparente em 2021, em relação ao ano passado.

Primeiro semestre 

Com relação ao primeiro semestre, a produção de aço bruto do país alcançou 18,062 milhões de toneladas, com crescimento de 24% em relação à primeira metade do ano passado. Na mesma comparação, as vendas internas cresceram 43,9%, para 12,092 milhões de toneladas, e o consumo aparente aumentou 48,9%, para 14,032 milhões de toneladas.

As exportações de aço no primeiro semestre somaram 5,186 milhões de toneladas, com queda de 13,7%, em relação a igual período de 2020. Na mesma comparação, o volume financeiro, porém, cresceu 28,3%, totalizando US$ 3,844 bilhões. As importações, por sua vez, cresceram 93,8% no primeiro semestre, para 1,943 milhão de toneladas.

Lopes informou hoje que o setor siderúrgico brasileiro, que investiu US$ 28,2 bilhões entre 2008 e 2020, tem planos de investir outros US$ 8 bilhões entre 2021 e 2025.

Energia

Com relação às conversas com o governo federal sobre energia, o presidente-executivo do Aço Brasil contou que são três os principais temas: a crise hidrológica, uma parte referente ao projeto de capitalização da Eletrobras e a descarbonização da indústria.

Em relação ao custo da energia, o presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, Marcos Eduardo Faraco, que também é vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai, disse que, pelo lado do gás natural, o processo de abertura do mercado traz perspectiva positiva com relação à redução do custo do energético em médio e longo prazo. Sobre a energia elétrica, ele lembrou que os encargos setoriais respondem por aproximadamente um terço do custo da energia para o setor.

“Um terço do custo é de encargos. Em nenhum lugar do mundo, existe esse custo. Esse é um fator de competitividade. Carregamos essa bola de ferro”, completou Faraco.

(Foto: Divulgação Instituto Aço Brasil)

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