Consumo

Usinas solares geraram 70% mais eletricidade em janeiro, aponta CCEE

As fontes alternativas ganharam mais espaço no fornecimento à rede em janeiro deste ano, com as usinas solares gerando 70,4% mais eletricidade (1.993 MW), enquanto os parques eólicos avançaram 38,3% (6.694 MW). A informação prévia é do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Usinas solares geraram 70% mais eletricidade em janeiro, aponta CCEE

As fontes alternativas ganharam mais espaço no fornecimento à rede em janeiro deste ano, com as usinas solares gerando 70,4% mais eletricidade (1.993 MW), enquanto os parques eólicos avançaram 38,3% (6.694 MW). A informação prévia é do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

As hidrelétricas registraram uma produção de 54.873 MW médios, volume 4,5% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Consequentemente, as termelétricas reduziram sua participação em quase 45%, de 10.956 MW em janeiro de 2022 para 6.052 MW em janeiro deste ano.

O período favorável para geração de energia elétrica também permitiu ao Brasil exportar 1.133 MW médios para a Argentina em janeiro.

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Depois de dois meses consecutivos de queda, o consumo de energia elétrica no Brasil se manteve estável, encerrando janeiro com demanda de 66.794 MW médios, volume semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo a Câmara, a estabilidade mostra uma leve recuperação do mercado livre, mantida especialmente por uma demanda maior do ramo metalúrgico. Nesse segmento onde a indústria e grandes empresas compram energia, o consumo foi de 23.566 MW médios, 1,8% maior no comparativo anual.

Já o mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas, foi o responsável por boa parte do consumo do país, 43.229 MW médios, porém seguiu pelo terceiro mês consecutivo em queda, desta vez com uma leve redução de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

A CCEE associa a redução da demanda no ambiente regulado principalmente ao crescimento da geração distribuída, ou seja, painéis solares instalados em residências e empresas, que diminuem a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN). Se não houvesse esse tipo de sistema, esse ambiente teria crescido 2% na comparação com janeiro do ano passado.

Considerando a demanda por eletricidade em 15 setores no mercado livre monitorados pela entidade, no comparativo anual, as maiores taxas de aumento foram registradas nos ramos de Extração de Minerais Metálicos (10%), Metalurgia e Produtos de Metal (6%) e as indústrias de Alimentos e Bebidas, ambas com 4% de aumento. Entre os que tiveram as maiores quedas estão os setores de Químicos (-3%), Têxteis (-6%) e Minerais Não-Metálicos (-7%).

Na avaliação regional, a CCEE destaca a região Nordeste, onde quase todos os estados tiveram consumo maior em janeiro, principalmente o Maranhão, que avançou 43% no comparativo anual, a maior taxa do país no período. Já o Mato Grosso do Sul teve a maior queda, 7%, seguido por Rio Grande do Sul (-5%) e Rio de Janeiro (-4%).