As altas temperaturas somadas à queda brusca de temperatura nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul e a redução na carga ao longo de setembro, devido à ocorrência do El Ninõ e do ciclone extratropical, fizeram com que a energia convencional para entrega no Sudeste fosse o ativo mais negociado em tela pela BBCE.
A energia convencional é aquela proveniente de hidrelétricas com capacidade instalada acima de 50 MW; termelétricas a combustíveis fósseis, com capacidade instalada acima de 5 MW; termelétricas de cogeração qualificada que injetem no sistema potência acima de 30 MW; termelétricas a biomassa; e de usinas eólica e solar que injetem no sistema potência acima de 50 MW.
Essas usinas não possuem direito a concessão de descontos nas Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição (Tusd) e Transmissão (Tust). Apenas consumidores livres podem contratar este tipo de energia.
Devido a ocorrência dos fenômenos, as movimentações fizeram com que o PLD saísse do piso regulatório pela primeira vez desde setembro de 2022, segundo Marcelo Bianchini, superintendente de Produtos, Comunicação e Marketing da BBCE.
>> Temperatura pressiona consumo e PLD sai do piso pela primeira vez em mais de um ano.
No total, foram transacionadas 25.352 GWh, uma redução de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e queda de 1,10% em comparação a agosto deste ano.
No período, foram movimentados R$ 2,15 bilhões, retração de 34,7% em relação a setembro de 2022, e retração de 2,9% em comparação a agosto.
Foram fechados 2.081 contratos, redução de 48,27% ao mês de setembro do ano passado, e aumento de 17,44% em relação ao mês de agosto deste ano.
O perfil de operações resultou em tíquete médio – que é o valor médio da energia transacionada em cada operação –, de 12,2 GWh.