O Grupo Energisa anunciou o lançamento do Descarbonômetro, um monitor online que permite acompanhar hora a hora a redução da emissão de gases de efeito estufa decorrente do programa de desligamento de 19 termelétricas da companhia nos estados do Acre, Pará e Rondônia. A ferramenta permite acompanhar a quantidade de CO2 evitado, as plantas desativadas, a potência descomissionada, o custo evitado, entre outras informações, detalhadas por localidade atendida na Amazônia.
O projeto de desativação das térmicas teve início em 2019 e prevê desligar 13 usinas em Rondônia, cinco no Acre (estados em que a empresa distribui energia) e uma no Pará. As regiões deixarão de consumir energia desses sistemas de geração isolados e serão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), alcançando mais de 400 mil pessoas em 16 municípios da região Norte.
Segundo a Energisa, o programa receberá investimento de R$ 1,2 bilhão, retirando de operação 169 MW de plantas diesel, mais caras e poluentes, e com a geração de uma economia anual de R$ 665 milhões – valor pago via Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC). O montante é suficiente para implementar projetos de eficiência energética em cerca de duas mil escolas ou mil hospitais por ano.
Quando o programa for concluído, o grupo prevê a redução das emissões em 502 mil toneladas de CO2 anualmente. Essa quantidade de poluentes equivale à retirada de circulação de aproximadamente ao plantio de 3,6 milhões de árvores.
Em Rondônia, foram desligadas três termelétricas em 2020: Alvorada do Oeste, Costa Marques e São Francisco. Neste ano, a empresa tem a expectativa de que mais nove sejam descomissionadas e a elas soma-se mais uma em 2022, garantindo a interligação ao SIN das regiões de Machadinho, Buritis e Ponta do Abunã. A energia descomissionada no estado chegará a 103 MW. Os investimentos de R$ 700 milhões também preveem a construção de 25 subestações e de mais de mil quilômetros de linhas de distribuição.
Já no Acre, a Energisa está ampliando e construindo sete subestações e 271 quilômetros de linhas de distribuição. As intervenções estão divididas em dois blocos. No bloco I, concluído em dezembro, as cidades de Assis Brasil e Manoel Urbano foram interligadas ao SIN, e no bloco II, serão contemplados, até 2023, os municípios de Feijó e Tarauacá. Um terceiro bloco é previsto pela empresa, para conexão da região de Cruzeiro do Sul até 2025.
Além dos investimentos nas distribuidoras do grupo em Acre e Rondônia, destaca-se também a Energisa Pará I Transmissora de Energia, que energizou em novembro a linha de transmissão Xinguara II – Santana do Araguaia, descomissionando cerca de 16 MW da usina térmica de Santana do Araguaia. Esse trecho possui 296 quilômetros e permitiu a interligação ao SIN da cidade de mesmo nome na região Sul do Pará.