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Equatorial avalia participar de leilão da CEEE-D

Equatorial avalia participar de leilão da CEEE-D

A Equatorial Energia avalia participar do leilão de privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D), do Rio Grande do Sul, mas ainda não tem nenhuma decisão tomada sobre o assunto, afirmou nesta quinta-feira, 25 de março, o diretor presidente do grupo, Augusto Miranda.

“Até pelo player que nós somos, temos obrigação de olhar [a CEEE-D]”, disse o executivo, acrescentando que a companhia participará do leilão se o negócio for prudente e fizer sentido para a empresa. “Mas esse assunto não tramitou em todas as instâncias [da companhia]. Ainda não temos deliberação do conselho [de administração]”, completou Miranda, em teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado de 2020.

Os interessados em participar do leilão da CEEE-D devem apresentar a proposta nesta sexta-feira, na B3. O leilão está marcado para 31 de março.

Segundo Miranda, a linha de raciocínio com relação à participação no leilão da CEEE-D é a mesma aplicada para o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), marcado para 30 de abril, também na B3.

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O executivo lembrou que a Equatorial fez uma reestruturação em sua área de novos negócios e tem se organizado para olhar novas oportunidades no mercado. Além disso, a companhia encerrou o ano passado com R$ 7,7 bilhões em caixa e com nível de endividamento de 2,1 vezes a dívida líquida sobre o ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Questionado sobre a expectativa da empresa com relação à medidas que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende deliberar amanhã para o serviço de distribuição, devido ao agravamento da pandemia de covid-19, o diretor-presidente da Equatorial demonstrou otimismo. “O processo de vacinação está avançando”.

No quarto trimestre, a Equatorial apurou lucro líquido ajustado de R$ 928 milhões, com crescimento de 29,8% em relação a igual período anterior. No acumulado de 2020, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 2,257 bilhões, um aumento de 52,1% em relação ao ano anterior.

Nos últimos três meses do ano passado, a receita operacional líquida do grupo somou R$ 5,993 bilhões, com queda de 3,1% em relação a igual período de 2019. No acumulado de 2020, a receita também recuou 4,8%, totalizando R$ 17,89 bilhões.

Com relação ao ebitda ajustado, a empresa registrou R$ 1,677 bilhão no quarto trimestre de 2020, com crescimento de 34,8% ante igual período de 2019. No acumulado do ano passado, o ebitda ajustado foi de R$ 4,764 bilhões, com alta de 17,4%, na comparação com 2019.

O volume de energia distribuída pelo grupo somou 6.307 gigawatts-hora (GWh) de outubro a dezembro do ano passado, com crescimento de 1,7% em relação ao quarto trimestre de 2019. Em 2020, a energia distribuída somou 23.198 GWh, um aumento de 3,8%, na comparação com o ano anterior.

A Equatorial possui quatro distribuidoras, que atendem os estados de Maranhão, Pará, Alagoas e Piauí.

O resultado da companhia no quarto trimestre foi considerado positivo por analistas do mercado. Segundo o Credit Suisse, em relatório assinado por Carolina Carneiro, Rafael Nagano e João Rodrigues, o resultado é melhor do que o previsto, com destaque para menor despesas com PMSO (pessoal, materiais, serviços e outros), em função da reversão de provisões para inadimplência.

A avaliação é semelhante à do Itaú BBA. Em relatório assinado por Marcelo Sá, Fernando Zorzi e Luiza Candiota, a casa de análise ressalta que o resultado trimestral da Equatorial foi robusto, com destaque para a reversão de provisões para inadimplência e forte redução de custos.

Na mesma linha, a Ativa Investimentos, em relatório assinado por Ilan Arbetman, destacou que o resultado da Equatorial veio em linha com as expectativas. A casa de análise ressaltou ainda a queda do índice de perdas nas distribuidoras do Piauí e Alagoas, adquiridas da Eletrobras em 2018.