A Equinor tem grande interesse no desenvolvimento do mercado de gás natural no Brasil, e acompanha a tramitação no Congresso do Projeto de Lei 6.407/2013, que trata do novo marco legal do setor de gás, disse Paulo Van Der Ven, vice-presidente da companhia norueguesa, ao participar de webinar promovido pela Fundação Getúlio Vargas.
“Temos grande interesse em acompanhar o setor de gás no Brasil. A direção dada é positiva, temos que aguardar os trâmites no Congresso e aí teremos mais previsibilidade do nível de investimento que poderá ser atraído”, disse Van Der Ven.
O executivo destacou que a Equinor avalia a “matriz como um todo”, uma vez que vem diversificando seus investimentos nos últimos anos com o objetivo de minimizar as emissões de gases poluentes e ampliar investimentos em fontes renováveis, como eólica e solar fotovoltaica.
Futuro da matriz
O webinar teve como tema a matriz energética brasileira do futuro, e foram discutidos assuntos relacionados ao planejamento e à inserção de novas tecnologias.
Segundo Thiago Barral, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o desenho de mercado precisa ser adequado para fomentar competitividade nos investimentos no setor de energia no Brasil.
“Temos que entender os requisitos do sistema, e não quais os atributos das fontes. Tenho que ver o que o consumidor quer, que horas ele consome energia, e criar os instrumentos para que possa haver competitividade”, disse Barral.
Há escolhas que precisam ser tomadas hoje já pensando no futuro, destacou Barral, lembrando da separação entre lastro e energia, separação entre fio e energia e a elaboração de um desenho sustentável para a geração distribuída. “Existe um conjunto de escolhas que temos hoje para que o futuro desejado possa acontecer, A competitividade requer um desenho de mercado que nivele o jogo”, afirmou.
