O estoque de derivativos de energia da BBCE atingiu R$ 2 bilhões em dezembro de 2024, por meio de mais de 4.500 contratos que envolvem 16 TWh, aproximadamente. O crescimento ao longo do ano refletiu a volatilidade dos preços e a variação da geração para fontes não despacháveis, principalmente em contratos de autoprodução.
De acordo com Eduardo Rossetti, diretor Comercial, de Produtos, Comunicação Externa e Marketing da BBCE, a grande maioria dos negócios com derivativos fechados neste ano são de “hedge”, uma proteção contratada por agentes contra variações de preço em determinados cenários.
“Observamos principalmente hedge de submercado e adequação de geração com volume de consumo, mas tivemos também de curtailment, que é um dos maiores desafios de fontes intermitentes como eólica e solar e resulta em menor geração que o esperado”, disse.
Derivativos são contratos financeiros regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para quem busca se proteger, posicionar ou especular a oscilação do preço de um ativo, e são usados por quem quer se posicionar nesse ativo com a expectativa de gerar resultado em função dos comportamentos dos preços.
Os derivativos de energia negociados na BBCE são do tipo NDF (non deliverable forward), puramente financeiros e não estão atrelados à entrega física do ativo. A companhia oferece a negociação e o registro da modalidade chamada Contratos a Termo de Energia Elétrica com os ativos-objeto (indexadores) de PLD – que retrata a diferença de valor da energia contratada e consumida e a gerada – e o CMO, que indica o custo para produzir próximo o MWh de que o sistema precisa.