O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) apresentou nesta segunda-feira, 14 de novembro, o novo módulo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (Sirene). Chamado de “Sirene Organizacionais’”, ele é uma plataforma para que organizações e instituições possam relatar voluntariamente suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Desenvolvido a partir de um grupo de trabalho com o Ministério da Economia iniciado em 2018 no âmbito do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono, o Sirene apresenta os dados oficiais do Brasil disponíveis no Inventário Nacional, com série histórica a partir de 1990. A plataforma também conta com os dados de empresas nacionais e internacionais que já reportam seus inventários de emissões de forma pública e verificada e apresenta os resultados em dióxido de carbono equivalente (CO2e).
“A medida é importante, uma vez que reúne informações essenciais para que o governo brasileiro possa avaliar os próximos passos em esforços de mitigação, inclusive no que se refere a instrumentos econômicos”, disse o coordenador-geral de Clima do MCTI, Márcio Rojas, durante a apresentação, que aconteceu na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 27), no Egito.
De acordo com o MCTI, houve articulação e alinhamento das diretrizes pelo governo federal e instituições relacionadas, visando a padronização e confiabilidade dos dados. O objetivo da plataforma, portanto, é que o sistema seja utilizado para decisões de investimento, escolhas de mercado e análise de políticas de apoio, além de facilitar a implementação do mercado de carbono com a disponibilização dos dados.
O MCTI é o responsável pela implementação e manutenção do Sirene e conta com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Programa Políticas sobre Mudança do Clima (PoMuC) – resultado de uma articulação bilateral entre os governos do Brasil e da Alemanha –, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), agência executora da cooperação técnica alemã.
“Estamos trabalhando para que, a partir do próximo ano, a plataforma esteja pronta para receber os relatos diretamente”, afirmou Rojas.
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