A possibilidade de variações nos preços de energia, a redução da taxa de juros e a redução do capex de projetos, principalmente solares, podem fazer com que contratos de venda de energia (PPA, na sigla em inglês) cresçam em 2024, “reavivando” o interesse de investidores e trazendo mais dinamismo ao ambiente de M&A (sigla para fusões e aquisições). A análise é de André Fonseca, managing director da Thymos Capital, empresa especializada em assessoria financeira e estratégica.
“Essa combinação reflete no preço dos PPAs. O mercado tem visto hoje preços de PPA caindo e [tem incertezas] quanto a duração do período de preços baixos de energia – que apresentou soluços no ano passado. Isso demonstra uma oportunidade de assinatura de contratos de longo prazo greenfields”, disse Fonseca durante apresentação da nova empresa da Thymos Energia nesta quarta-feira, 24 de janeiro.
Com chances de novas ondas de calor, Alexandre Viana, COO do grupo Thymos, estima que oscilações nos preços de energia podem ser percebidas, principalmente, no segundo semestre de 2024. Isso porque, a geração solar, que tem baixo pico no fim da tarde e início da noite, e a eólica, que pode sofrer variações a depender dos ventos, pode levar ao acionamento de térmicas e à volatilidade do preço spot de energia.
A conjuntura pode levar o mercado a fechar os contratos antes, evitando um pagamento futuro precificado por essas oscilações.
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