Mercado energético

Mulheres respondem por apenas 6% dos cargos de decisão no setor elétrico, diz estudo

Mulheres respondem por apenas 6% dos cargos de decisão no setor elétrico, diz estudo

Apenas 6% dos cargos de tomadores de decisão no setor elétrico são ocupados por mulheres, de acordo com estudo realizado pela Fesa Executive Search, empresa de seleção de executivos do grupo Fesa, divulgado nesta quarta-feira, 28 de julho. Entre esses cargos estão o de CEO ou líder das áreas de operações, manutenção, novos negócios, ou engenharia/construção.

Ainda de acordo com o levantamento, apesar de dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) apontarem para um crescimento de 42% no número de profissionais femininas registradas no mercado de energia elétrica entre 2016 e 2018, somente 19% dos cargos do setor são exercidos por mulheres. Considerando posições de apoio ao negócio, como as áreas jurídica, regulatória, de recursos humanos, financeira ou de comunicação, o número de mulheres alcança 13% dos cargos.

O levantamento mostrou ainda que, entre os segmentos do mercado de energia, o de distribuição é o mais inclusivo, com 31% de participação de mulheres na gestão. No segmento de geração, esse indicador é de 23%, caindo para 13% na transmissão e 12% na comercialização.

O estudo constatou ainda que as elétricas mais inclusivas no mercado brasileiro são as de capital europeu, com uma média de 39% de mulheres na alta liderança, enquanto empresas de origem brasileira e norte americana apresentam 22% e 11% de mulheres, respectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O estudo foi desenvolvido com as 25 principais companhias de energia que atuam no Brasil, considerando empresas nos setores de geração, transmissão, distribuição e comercialização, mapeando um total de 238 profissionais.

Em entrevista à MegaWhat, a diretora financeira e de RI da Eletrobras, Elvira Presta, primeira mulher a ocupar o cargo, destacou que, apesar de ter aumentado a participação de mulheres em conselhos de administração de empresas do país, ainda não há uma representatividade adequada, nesse sentido.