O Porto do Açu, a Consag Engenharia, integrante do Grupo Andrade Gutierrez, e a Vertin, controlada pela Consag, assinaram nesta segunda-feira, dia 12, um Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) para estudar a viabilidade de implantação de data centers de até 1 GW no complexo porto-indústria do Açu, localizado no Norte Fluminense.
O segmento de data centers é uma das apostas do setor de energia para aumentar a carga no país. Entre os principais tipos de data center que serão avaliados estão o de colocation, que provê infraestrutura compartilhada para várias organizações, e o de hyperscale, projetado para armazenar e processar uma grande quantidade de dados e geralmente utilizado por grandes provedores de serviços de nuvem.
O MoU prevê análises de requisitos como pré-viabilidade operacional e financeira, tipos de infraestrutura adequada e potenciais investidores. As avaliações preliminares apontam que o Açu apresenta facilidade de implementação comparado a grandes centros e está próximo à landing station da Embratel, no município de São João da Barra, no Rio de Janeiro, que é um dos pontos de conexão de cabos submarinos no Brasil.
Para o diretor comercial e de terminais do Porto do Açu, João Braz, o porto tem vantagens como disponibilidade de área, acesso à energia renovável com conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e possibilidade de conexão marítima para passagem de cabos submarinos.
A Consag já construiu 3,5 GW em parques solares e 1 GW em parques eólicos, segundo o vice-presidente de Renováveis, Transmissão e Óleo e Gás da companhia, Fernando Orsini. Já a Vertin está construindo data center de 76 MW de capacidade, segundo o diretor-geral da empresa, Guilherme Odaguiri.
