
A segunda revisão quadrimestral de carga surtiu efeitos nos contratos de energia negociados para os próximos meses, com aumentos relevantes nos preços de energia convencional para setembro e outubro. Segundo a BBCE, ontem, 4 de agosto, os contratos registrados no EHUB com vencimento em setembro tiveram alta de 24%, ou R$ 58,84/MWh, atingindo R$ 331,42/MWh.
Os contratos com entrega em outubro subiram 19,86%, saindo de R$ 276,51/MWh para R$ 331,42/MWh. Já os contratos para o último trimestre do ano subiram 18,56%, a R$ 318,63/MWh.
Houve ainda forte valorização nos preços para novembro (+17,85%, a R$ 324,73/MWh) e dezembro (+15,12%, a R$ 288,22/MWh).
Previsão de carga
A variação ocorreu após indicativo de que a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) pode crescer 3,5% em média entre 2025 e 2029, de acordo com a segunda revisão quadrimestral elaborada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O percentual é ligeiramente superior que o crescimento médio projetado em abril, na primeira revisão quadrimestral para o período em questão, de 3,4% em média. Os agentes esperavam uma forte revisão para baixo na carga deste ano e dos próximos, e os preços dos contratos futuros já refletiam essas projeções. Com a frustração das expectativas, houve o ajuste para cima nos preços de energia.
Em 2025, a carga deve ser de 81.542 MW médios, um crescimento de 1,9% para o ano e uma queda de 1,6% na comparação ao projetado na primeira revisão quadrimestral.
Para 2026, a expectativa é de um crescimento de 4,7%, a 85.395 MW médios, significando uma redução de 0,2% da projeção anterior.
Entre 2027 e 2028, as projeções foram revistas para cima, chegando a 94.958 MW médios ao final do período. A previsão de abril deste ano apontava uma carga um pouco menor ao final do horizonte, de 94.573 MW.
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