Mercado energético

Queda de 6% do PIB global deve reduzir investimentos em energia no mundo em 20%, diz IBP

A queda de 6% prevista no PIB global deve reduzir os investimentos previstos para a área de energia em todo o mundo em 20%, com impacto de cerca de US$ 250 bilhões na indústria de óleo e gás, disse Clarissa Lins, presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis), em evento realizado pelo Lide.

“O Brasil, no curto prazo, não sente tanto esses efeitos, porque a China consegue ser um destino privilegiado do nosso petróleo”, disse Lins. 

Segundo Lins, o país tem uma posição privilegiada no mercado mundial por ter a China como principal destino. “Apesar da crise, a China aumentou a quantidade de petróleo e derivados importados no primeiro semestre do ano”, disse a presidente do IBP.

Ainda assim, a indústria será globalmente muito afetada pelas consequências da retração da economia. “Preve-se queda de investimento muito expressiva, com retomada lenta e gradual da demanda”, disse. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Os preços também não devem se recuperar até o ano que vem para os patamares anteriores da crise, de cerca de US$ 64 o barril. Segundo Lins, as projeções mais otimistas para 2021 indicam o barril a cerca de US$ 50.

Gás natural

Para a presidente do IBP, a aprovação do Projeto de Lei (PL) 6407/2013, que trata do novo marco legal do setor de gás natural brasileiro, é fundamental para que o segmento possa receber investimentos e avance tal qual a exploração e produção de petróleo no país.

“Ele promove o arcabouço institucional para destravar os investimentos”, disse Lins. Além disso, o texto promove a diversificação da oferta de gás natural no país, saindo do monopólio da Petrobras.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.