Mercado energético

Tarifa branca fica disponível para todos os consumidores, mas ainda não decola

Tarifa branca fica disponível para todos os consumidores, mas ainda não decola

A adesão a tarifa branca de energia passou a ser uma opção para todos os consumidores desde 1º de janeiro. Até o ano passado, só eram elegíveis aqueles consumidores com média anual superior a 250 KWh/mês. Agora, todos conectados em baixa tensão (residências e pequenos comércios, por exemplo) podem optar pela adesão à tarifa branca, que sinaliza aos consumidores a variação do valor da energia conforme o dia e horário de consumo.

As exceções continuam sendo os residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em Lei, e também a categoria iluminação pública.

A tarifa branca existe desde 2018, mas o número de unidades consumidoras que aderiram ainda é relativamente baixo: 32.449, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), referentes à outubro. A maior parte das adesões aconteceu no segundo semestre do ano passado.

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O maior número de unidades está na área de concessão da Enel São Paulo, antiga Eletropaulo. Há 7.519 unidades, sendo 6.698 da classe B1 e 821 da classe B3. Em seguida, aparece a CPFL Paulista, com 3.473 unidades no total. São Paulo é o Estado com, de longe, maior número de adesões: 15.952. O segundo Estado é Rio de Janeiro, que tem 2.775 adesões.

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Com a tarifa branca, o consumidor que priorizar o consumo durante períodos fora da ponta para uma tarifa mais barata. Cada distribuidora de energia tem definido o horário de ponta, composto por três horas diárias consecutivas para os dias úteis, na qual a tarifa é mais elevada. Os horários intermediários são os períodos de uma hora antes e depois da ponta, que também têm uma tarifa mais alta que a regular. O restante do dia tem a chamada tarifa branca, abaixo do preço convencional de energia.

Os horários de ponta dependem de cada concessionária, mas ficam entre 17h30 e 23h em todo o país. Na Enel São Paulo, por exemplo, a ponta é entre 17h30 e 20h30. Na Amazonas Energia, entre 20h e 23h.

Para que a adesão à tarifa branca seja vantajosa, o consumidor precisa conhecer seu perfil de consumo e verificar se é possível deslocá-lo para os horários fora da ponta. Se a maior parte do consumo for concentrada nos horários intermediário e ponta, a conta de luz deve ficar ainda mais cara.

Se o consumidor não perceber a vantagem da mudança, poderá solicitar a volta ao sistema anterior, da tarifa convencional. A distribuidora terá 30 dias após o pedido para fazer a alteração.

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