Dos investimentos previstos em nova geração até 2025, 70,42 % virão do mercado livre, é o que aponta o estudo sobre a expansão da oferta da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Dos R$ 142 bilhões em investimentos nos próximos quatros anos, o mercado livre responde por mais de R$ 100 bilhões.
Além disso, do 100% da energia prevista para entrar em operação comercial até 2025, 66% são destinados exclusivamente para o mercado livre. Já para 2022, 86% da geração prevista para entrar no setor será destinada ao mercado livre.
Dos 34,5 GW previstos para serem aplicados em geração de energia renovável, a maior parte está na fonte solar com 14,8 GW de projetos em construção e destina 92% de sua geração ao mercado livre de energia elétrica.
Já a fonte eólica, segunda colocada no ranking da expansão da oferta, com 11,4 GW, vendeu 72% da sua energia para o ambiente de comercialização livre no horizonte considerado. Biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, respectivamente com 88% e 62%, completam o portfólio de projetos para abastecer o mercado livre nos próximos anos.
“Hoje, o cenário é que, sem mercado livre, não haverá expansão no setor elétrico. Deixamos de ser o patinho feio para avançar e contribuir rapidamente com a reforma do setor elétrico destacando a tramitação de projetos essenciais no Congresso Nacional”, explica Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel, referindo-se ao Projeto de Lei do Senado nº 232/2016 e Projeto de Lei na Câmara nº 1.917/2015.
Outro item importante que o levantamento faz está na mudança no perfil do investimento no Brasil onde mostra que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) viabilizou 47% dos projetos eólicos e solares financiados pelo banco entre 2018 e 2020.
Já nos projetos de geração financiados pelo Banco do Nordeste, as comercializadoras viabilizaram o financiamento de 33% da energia dos projetos de geração desde 2018, com um percentual crescente ao longo do horizonte analisado.