A liquidação das operações do mercado de curto prazo de energia (MCP) de março, concluída hoje, teve inadimplência de 90,6%, ao movimentar R$ 869 milhões dos R$ 9,31 bilhões contabilizados.
Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), do valor não pago, R$ 8,44 bilhões estão relacionados com liminares do GSF no mercado livre. Outros R$ 574 mil representam os valores em aberto. Ou seja, se o GSF tivesse sido resolvido, a inadimplência real seria praticamente nula.
No mês passado, os valores travados por liminares do GSF eram ligeiramente menores, da ordem de R$ 8,32 bilhões.
A inadimplência “real” foi zerada depois que a Celesc Distribuição quitou integralmente os valores parcelados de 2018, que somavam R$ 309 milhões, incluindo juros e correção monetária, pagos em 18 parcelas. A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que tinha inadimplido suas obrigações na operação do mês anterior, regularizou suas obrigações financeiras.
Os agentes que possuem liminares para não participar do rateio da inadimplência das liminares do GSF tiveram adimplência de 89%. Aqueles amparados por decisões judiciais que determinam a incidência regular das normas receberam 6% do que tinham direito. Após a operacionalização das liminares, não houve recursos para pagar agentes credores sem proteção judicial.