A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou que o mercado livre de energia conta com 37 comercializadoras aptas a negociar contratos e representar unidades consumidoras e geradoras na modalidade de comercialização varejista.
O montante apurado até setembro mostra uma alta de 48% no número de varejistas em relação a setembro de 2020, quando havia 25 companhias no segmento.
Apenas em 2021, houve a habilitação de 11 grupos, a maior quantidade de habilitações num único ano. Foram cadastradas como varejistas neste ano a Ambar Comercializadora, Votener, Delta Fund, Greenyellow, Migratio, CMU Comercializadora Varejista, Omega Comercializadora, Lightcom, Prime Energy, PWR Energy e Targus Energia.
As primeiras empresas a se registrarem como varejistas foram a Comerc Power e a CPFL Brasil Varejista, ambas em julho de 2016. A expectativa era de que a modalidade recebesse muitos adeptos, mas as empresas entenderam que a regulação, até então, não dava segurança para suas operações. Isso porque, o comercializador varejista assumia os riscos da inadimplência do consumidor atrelado a ele.
Em setembro de 2020, o mercado recebeu de forma positiva a inclusão de mecanismos para desligamento e obrigações de consumidores atrelados aos comercializadores varejistas no texto da Medida Provisória (MP) 998.
Isso porque, o comercializador varejista assumia os riscos da inadimplência do consumidor atrelado a ele. Agora, com o novo texto, os contratos poderão ser suspensos sem impor ônus à figura do comercializador e pode ser uma forma de destravar esse tipo de agente.