Energia de sobra

Eletrobras tem 13 GW para comercialização e estuda parcerias em eletrificação

Eletrobras tem 13 GW para comercialização e estuda parcerias em eletrificação

A Eletrobras tem cerca de 13 GW de energia disponível para vender no mercado livre e estuda parcerias voltada à eletrificação. Segundo ítalo Freitas, vice-presidente executivo de Comercialização e Soluções em Energia da companhia, que tem um portfólio majoritariamente composto por hidrelétricas, a ideia é atuar como um condutor e fomentador para esses clientes. 

“Estamos fechando parcerias com empresas que fazem eletrificação e/ou do setor de mobilidade. Não queremos efetivamente entrar no mercado de mobilidade, mas queremos entrar com a energia da companhia, que deve ser um condutor para esse mercado”, disse o executivo para jornalistas depois de painel no evento MinutoMega Talks, evento promovido pela MegaWhat nesta quinta-feira, 4 de setembro.

Freitas também defendeu a modernização dos sistemas de transmissão e a adição de novas tecnologias para lidar com a intermitência de fontes renováveis e atender consumidores com grandes cargas, como data centers, hidrogênio verde, aço verde e metanol. 

Modelos de mercado livre para a Eletrobras

O executivo ainda citou diversos exemplos de mercados externos para serem aplicados ou estudados para o ambiente brasileiro. Um dos mecanismos citados seria o mercado livre de capacidade como da Colômbia e do Chile, em que o gerador demonstra interesse em instalar seu projeto em determinado local, mas compra capacidade de acordo com o nível de energia a ser vendido. 

“Deixa o mercado trazer tecnologia e deixamos o leilão de reserva de capacidade para cobrir a flexibilidade da geração distribuída. O Brasil sempre está atras do resto do mundo e precisamos encontrar soluções”, falou. 

Ítalo Freitas ainda criticou as soluções que buscam resolver problemas técnicos via Congresso. Para ele, questões técnicas precisam ser inseridas na legislação, incluindo soluções para os subsídios.