A liquidação das operações do mercado de curto prazo de energia de abril teve inadimplência de 96,7%, refletindo ainda as liminares relacionadas ao GSF no mercado livre, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A operação movimentou R$ 287 milhões dos R$ 8,784 bilhões contabilizados. A inadimplência relacionada ao GSF somou R$ 8,496 bilhões, ligeiramente acima dos R$ 8,44 bilhões da liquidação de março. A inadimplência “real” somou R$ 3,7 milhões.
Isso mostra que se a judicialização do GSF tivesse sido resolvida, a operação teria adimplência superior a 99%.
Em nota, o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri, destacou que, assim como na liquidação passada, os números indicam que a retração de consumo provocada pelas medidas de isolamento social tomadas contra a pandemia do coronavírus (covid-19) não trouxe aumento na inadimplência. “A questão do GSF ainda é o principal motivo de impacto na liquidez do mercado”, disse.
Os agentes credores protegidos por decisões judiciais para não participar do rateio da inadimplência das liminares do GSF tiveram adimplência de 99%. Aqueles amparados por decisões que determinam a incidência regular das normas receberam 2% do que tinham direito. Os credores sem liminares tiveram adimplência próxima de 0,7%.
