
A Lux Energia, comercializadora com atuação em trading e gestão, concluiu no início do ano a migração para o mercado livre de energia do edifício Paulista 2.064, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, e onde está o escritório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A ironia de o prédio ocupado pela responsável pelas operações no ambiente de comercialização livre (ACL) não estar neste ambiente, até então, deve-se a alguns desafios técnicos, segundo Fábio Nunes, sócio da Lux Energia.
“O edifício, inicialmente conectado em baixa tensão, possuía alguns desafios técnicos que dificultavam sua migração para o mercado livre. A Lux Energia realizou um trabalho de adequações físicas e viabilizou a migração neste ano”, disse Nunes.
Com a migração para o mercado livre, o edifício, de propriedade do Fundo Imobiliário JS Real Estate (JSRE11), gerido pelo Safra Asset Management, deve ter uma economia para o condomínio de aproximadamente R$ 1,8 milhão em um período de cinco anos, o que significa uma redução de 25% quando comparado ao mercado cativo.
Além do edifício Paulista 2.064, a Lux Energia é responsável pela gestão dos demais ativos do fundo que estão localizados na cidade de São Paulo, como o Tower Bridge Corporate, localizado na região da Berrini, e do WTNU III, em Pinheiros.
“Todos esses ativos apresentam economias consideráveis comparado ao mercado cativo e estão adequados na agenda ESG, contribuindo para a redução de emissão de CO2 no meio ambiente”, reforçou o sócio da Lux Energia.
Além de realizar a migração, o condomínio também contratou os certificados internacionais de energia renovável (I-REC), garantindo que toda energia consumida seja proveniente de fontes renováveis. Com essa contratação, o condomínio deixará de emitir 88,418 toneladas de CO2/ano, contribuindo para a compensação anual de 245 árvores.
A Lux Energia opera no mercado de energia desde 2018, com estratégia de comercialização, trading e gestão de consumidores e geradores. Sua estratégia é atuar com foco em gestão para consultoria de migração e, hoje, conta com 130 clientes em carteira, dos quais, mais de 60% são de real state.
De olho na abertura do mercado, mas querendo dar o mesmo atendimento “boutique” que executa para os atuais clientes, a empresa não vai separar equipes entre varejo e gestão. Os novos clientes que virão dessa abertura terão o mesmo atendimento que os atuais, com um gestor para cada 20 a 25 clientes.
A expectativa para essa virada de mercado é chegar aos 200 clientes e continuar crescendo em varejista e abrir uma nova frente em geração distribuída dentro dessa carteira. Neste cenário mais amplo, a Lux Energia espera fechar 2024 com mil clientes.