O mercado livre de energia ganhou 3.330 novas unidades consumidoras no primeiro semestre de 2023, volume que representa um avanço de 52% na comparação com a primeira metade do ano passado (2.192 migrações). Desde 2016, esse foi o maior número de migrações nos seis primeiros meses de um ano, à frente de 2021, quando foram registradas 3.072 migrações, e de 2020, com 2.489 migrações no primeiro semestre.
Os dados que confirmam o crescimento acelerado do ambiente, e que representa mais de 37% da demanda total de eletricidade do país, foram divulgados em balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Ao final de junho, o mercado livre acumulava 34,4 mil indústrias e estabelecimentos comerciais, em sua maioria, dos ramos de comércio, serviços e alimentos.
Além disso, a maior parte desses novos pontos está concentrada no Sudeste e Sul do país, regiões onde a industrialização é mais intensa. No primeiro semestre, o Sudeste registrou 1.442 novos consumidores, dos quais, apenas o estado de São Paulo foi responsável por 1.009 migrações, enquanto o Sul, totalizou 765 novos pontos de consumo no ACL, liderado pelo Rio Grande do Sul, com 343.
A CCEE chama atenção para um avanço significativo em estados como Bahia (134), Pernambuco (137), Goiás (121) e Ceará (109), que se tornam mercados com bom potencial de crescimento a partir da redução dos requisitos para migração de consumidores e da própria pulverização do ambiente livre.
A partir de janeiro de 2024, todos os consumidores ligados na alta tensão terão a opção de migrar para o ambiente, independentemente da sua demanda. Com essa mudança, a CCEE estima um potencial de 72 mil novos pontos de consumo que terão viabilidade para escolher mudar para o segmento.