O mercado livre de energia ultrapassou 60 mil unidades consumidoras na primeira quinzena de novembro, com a migração de mais de 22 mil consumidores ao longo de 2024, segundo a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel).
Segundo a Abraceel, os consumidores livres de energia já respondem por 40% do consumo de eletricidade do país, um aumento de 5 pontos percentuais em relação a 2023 (35%).
A lista de estados com a maior quantidade de consumidores livre é liderada por São Paulo (19.341 unidades), seguido por Rio Grande do Sul (5.913), Paraná (5.062), Rio de Janeiro (5.001) e Minas Gerais (4.769).
Segurança no mercado e inadimplência
O crescimento do mercado livre de energia levou o conselho de administração da Abraceel a aprovar a criação de um grupo de trabalho especial para elaborar propostas para o desenvolvimento de ações para reforçar a segurança do mercado de energia elétrica no Brasil.
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Grupo será formado por especialistas e terá representatividade de todo o conjunto de associados da Abraceel.
Este foi o primeiro ano com o monitoramento prudencial do mercado, operado em período sombra pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A associação enviou 18 sugestões de aprimoramento do monitoramento, incluindo instituição de critérios financeiros, mitigação de riscos e transparência nas operações do mercado.
Ainda que o monitoramento prudencial esteja contribuindo com o aumento da segurança das operações no mercado livre, a liquidação financeira do mercado de curto prazo (MCP) de outubro, concluída nesta quarta-feira, 11 de dezembro, foi marcada pelo aumento da inadimplência nas operações.
Segundo a CCEE, a liquidação financeira de outubro de 2024 movimentou R$ 4,53 bilhões dos R$ 5,84 bilhões contabilizados.
Do valor não pago, R$ 1,09 bilhão está relacionado a liminares do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), R$ 42,14 milhões correspondem a parcelamentos e R$ 177,82 milhões a inadimplências.
Na liquidação do MCP de setembro, concluída mês passado, a CCEE liquidou R$ 2,87 bilhões do total de R$ 3,98 bilhões contabilizado. A inadimplência, na ocasião, foi significativamente menor, da ordem de R$ 6,55 milhões.
