A participação de consumidores no mercado livre de energia pode chegar aos 44% da carga total do sistema elétrico nacional até 2030, considerando o cenário de migração atual com consumidores de média e alta tensão. O dado integra um levantamento da Thymos Energia, divulgado nesta quinta-feira, 25 de abril, que ainda prevê um alcance 38% do consumo total de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL) em 2024.
Apesar do cenário de crescimento, a consultoria destaca que existem desafios para a modalidade ligados às definições regulatórias, que precisam avançar para que o mercado livre de energia se torne acessível também aos consumidores da baixa tensão. Além disso, Mayra Guimarães, head de Preços e Estudos de Mercado da Thymos Energia, citou, em nota, que a adesão dessa fatia de consumidores vai demandar uma “força tarefa comercial maior por parte dos agentes do mercado de energia varejista”.
O mercado livre de energia pode gerar uma economia total de R$ 35,8 bilhões por ano, quando se compara o que as unidades conectadas na baixa tensão pagam no mercado cativo com os preços praticados no ambiente de livre, conforme dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mencionados no estudo da Thymos Energia.
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“Uma boa parcela da conta de luz do ambiente regulado é composta por subsídios. Existe uma paridade de encargos entre os dois mercados, livre e cativo. Então, nada mais justo que o consumidor escolha a melhor opção, conforme sua necessidade e preferência”, afirma João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia.
Ainda de acordo com informações da Abraceel, o mercado livre de energia contava, em março deste ano, com 40.578 unidades consumidoras, o que representou a ampliação de 28% em relação ao mesmo mês de 2023. O ACL foi responsável, no mês passado, por um consumo de energia de 26.234 MW médios, correspondendo a 36% do consumo total.
