Mercado Livre

Migração total do comércio e indústria a partir de 2026 não amplia sobras contratuais

A abertura do mercado livre de energia com foco na indústria e no comércio enquadrados na baixa tensão, poderia ser viável a partir de 2026 sem ampliar sobras contratuais para as distribuidoras de energia ou onerar os consumidores com contratos vinculados no mercado cativo. Essa é a conclusão de estudo realizado pela Volt Robotics, a pedido da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), que identificou mais de 6,4 milhões de consumidores nesses dois segmentos que estariam aptos à migração na alta e baixa tensão, somando um consumo de 9,4 GW médios.

A abertura do mercado livre de energia com foco na indústria e no comércio enquadrados na baixa tensão, poderia ser viável a partir de 2026 sem ampliar sobras contratuais para as distribuidoras de energia ou onerar os consumidores com contratos vinculados no mercado cativo.

Essa é a conclusão de estudo realizado pela Volt Robotics, a pedido da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), que identificou mais de 6,4 milhões de consumidores nesses dois segmentos que estariam aptos à migração na alta e baixa tensão, somando um consumo de 9,4 GW médios.

O não incremento nas sobras das distribuidoras ou tarifas, viria dos mais de 10 GW médios de energia em contratos com vencimento entre 2024 e 2028, com maior intensidade nos dois primeiros anos, o que viabilizaria a migração desses consumidores sem gerar sobra de energia na carteira das distribuidoras.

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“É um passo fundamental para dar um ‘choque de energia barata’ no setor produtivo nacional, em especial para micro, pequenos e médios negócios que, segundo o Sebrae, são responsáveis pela geração de mais de 80% dos novos empregos no Brasil ano após ano, indicando depois o passo seguinte, que é estender os benefícios do mercado livre para todos os consumidores brasileiros de energia, incluindo os residenciais e rurais”, explicou Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel.

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Segundo o estudo, que destaca que o momento significa uma ‘janela de oportunidade única’, a abertura mais ampla tem potencial para gerar uma economia anual total de R$ 17,8 bilhões com a conta de energia elétrica para esses dois segmentos.

O potencial de migração por segmento 

No segmento industrial, o estudo identificou que o Brasil conta com 492,8 mil unidades consumidoras de energia, que demandam 24,8 GW médios. Dessas, 82,1 mil (24,3 GW médios), já estão no mercado livre de energia, entre indústrias na alta e média tensão.

Já para os consumidores do segmento comercial, o levantamento aponta que o Brasil conta com mais de 6,1 milhões unidades consumidoras de energia, que demandam 8 GW médios.

Dessas, apenas 2 mil (647 MW médios) já estão no mercado livre de energia. Adicionalmente, outros 77 mil (2.133 MW médios) já atendem aos requisitos para migração, mas ainda não

Para o diretor-geral da Volt Robotics, Donato Filho, a expansão do mercado livre de energia será impulsionada neste momento pela possibilidade de redução de custos para os consumidores, liberando recursos para investimentos e ganhos de produtividade.

“Este movimento é só o começo. Na sequência, ao entender melhor as necessidades e os comportamentos dos consumidores, ofertas praticamente personalizadas começarão a ser realizadas, agregando serviços e melhorando muito a qualidade percebida”, disse Donato Filho.