Mercado livre

Quase 30 mil consumidores já iniciaram migração debaixo de varejistas

A CPFL Paulista é a distribuidora com maior número de consumidores em migração, 3.344, seguida pela Copel (2.931), Enel São Paulo (2.445) e Celesc (1.937).

Quase 30 mil consumidores já iniciaram migração debaixo de varejistas

Até o fim de julho deste ano, mais de 31 mil unidades consumidoras tinham iniciado o processo de migração do mercado cativo para o mercado livre de energia elétrica, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desses, 29,9 mil são consumidores com menos de 500 MW de demanda, e precisam ser representados por um agente varejista na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os números constam no relatório de migração potencial da Aneel, que já contempla as migrações realizadas nos primeiros meses deste ano, assim como as previsões para os próximos meses, 2025 e 2026, considerando as denúncias de contratos feitas pelos consumidores junto às distribuidoras. Houve uma aceleração nas migrações desde o fim de junho, quando a Aneel indicava cerca de 26,2 mil unidades consumidoras enquadradas como varejistas.

No total, 31.472 consumidores estão em processo de migração no período, com demanda média de 206 kW. São 1.532 unidades consumidoras com mais de 500 kW, e demanda média de 1.392 kW. Já os consumidores do chamado varejo (conectados em alta tensão, mas com demanda inferior a 500 kW), somam 29.943 unidades, com demanda média de 145 kW.

A CPFL Paulista é a distribuidora com maior número de consumidores em migração, com 3.344 unidades consumidoras, seguida por Copel (2.931), Enel São Paulo (2.445) e Celesc (1.937).

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Em consumo, a Enel São Paulo é a primeira, com 140 MW médios, seguida pela Equatorial Pará (132,2 MW médios), CPFL Paulista (132,02 MW médios) e Copel (123 MW Médios).

Em 2024, são 26.398 unidades consumidoras em migração debaixo de varejistas, com demanda média d 146 kW e montante total de 1.174 MW médios. Em 2025, iniciaram o processo 3.512 unidades consumidoras, com 140 kW de demanda média e 218,7 MW médios em montante. Há uma única unidade consumidora com demanda média de 48 kW em processo de migração para 2026, sem montante atribuído, na área de concessão da Light.

Segundo a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), os dados mostram o “desejo represado” dos consumidores de energia em poder escolher o fornecedor e as condições do fornecimento, como prazos mais adequados e fontes de energia renováveis, bem como negociar preços mais vantajosos, flexibilidades de acordo com o perfil de cada um e outras facilidades.

“O consumidor quer preços mais baixos, claro, mas quer também participar da transição energética como protagonista e quer ter acesso a novos serviços e produtos como acontece em outros segmentos de varejos. Ele quer liberdade”, disse, em nota, Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel.