
As usinas solares centralizadas direcionaram 86% da energia gerada para consumidores do mercado livre de energia em fevereiro de 2025, de acordo com boletim da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), destacando o patamar inédito atingido pela fonte.
Entre as fontes de energia analisadas, apenas as usinas a biomassa superaram a solar, com 96% da energia comercializada destinada ao mercado livre no mesmo período. Outros destaques foram os projetos eólicos, com 63%, e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 57%.
Crescimento do mercado livre de energia no Brasil
O número de unidades consumidoras no mercado livre de energia cresceu 67% em 12 meses, passando de 41.956 em fevereiro de 2024 para 69.861 em fevereiro de 2025. O estado de São Paulo lidera o ranking, com 22.469 unidades registradas.
Esse avanço impactou diretamente o consumo de energia na modalidade, que atingiu 32.165 megawatts médios no período — um crescimento de 15% na comparação anual. A Abraceel destaca que cerca de 40% de toda a energia consumida no país em fevereiro teve origem no mercado livre.
Entre os setores avaliados, 93% da demanda da indústria foi atendida por meio do mercado livre, enquanto o setor comercial teve 43% do consumo absorvido pela modalidade.
Varejo impulsiona expansão do mercado
Segundo a Abraceel, o segmento varejista, composto principalmente por pequenos consumidores, chegou a 27.391 unidades consumidoras ao fim de fevereiro, o que representa uma alta de 407% em 12 meses.
O consumo nesse perfil chegou a 2.053 MW médios no período.
Duração dos contratos
O levantamento mostra que a maioria dos contratos firmados no mercado livre de energia tem foco no curto e médio prazo.
Cerca de 56% dos contratos têm duração entre quatro e dez anos. Contratos com validade de seis meses a dois anos representam 25,5%, enquanto aqueles com duração entre dois e quatro anos respondem por 25,1%.
Já os contratos de longo prazo, com duração superior a dez anos, ainda são minoria, representando apenas 4,8% do total.