Distribuição

Cemig espera terminar ano com DEC abaixo de 10 horas

A Cemig espera terminar 2020 com um DEC, indicador que mede a duração das interrupções no fornecimento de energia, inferior a 10 horas, disse Reynaldo Passanezi, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do ano. 

“Temos trabalhado muito para trazer eficiência operacional e investimentos que agreguem valor”, disse Passanezi. Segundo ele, esse é um momento histórico para a estatal mineira, uma vez que esse é o quinto ano da concessão desde que foi renovada e o descumprimento das metas de performance operacional poderia levar à devolução da concessão.

Ao final do segundo trimestre do ano, o DEC da Cemig estava em 4,97 horas, abaixo da meta determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 5,04 horas.

O FEC, que mede a frequência das interrupções, estava em 2,28 vezes, abaixo da meta da Aneel, de 3,24 vezes. 

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Para efeito de comparação, a Cemig tinha, ao fim de 2019, um DEC de 10,56 horas e um FEC de 4,89 vezes.

A Cemig também espera uma reversão gradual das provisões para devedores duvidosos com a melhora do cenário econômico, retomada gradual do consumo de energia e pelo retorno dos cortes por inadimplência a partir de agosto.

“Hoje, temos um número entre arrecadação e faturamento já próximo do que era a meta para o ano, a adimplência tem melhorado”, disse Passanezi. “A recuperação de carga é muito importante para o segundo semestre, e vai mostrar que vamos passar pela pandemia com muita resiliência”, completou.

Resultado

No trimestre, a companhia teve lucro líquido de R$ 1,04 bilhão, queda de 50,6% na comparação anual. O resultado foi afetado positivamente pelo reconhecimento de efeitos positivos da revisão tarifária da transmissora, em R$ 430 milhões, e pela remensuração do valor da participação na Light, que está mantida para venda, da ordem de R$ 314 milhões depois de impostos.

No lado negativo, a pandemia de covid-19 teve grande impacto na energia distribuída no período, que recuou 6% na base anual. Além disso, a Cemig provisionou R$ 102,5 milhões em perdas para créditos de liquidação duvidosa.

O segundo trimestre de 2019 também havia sido afetado por efeitos não recorrentes, principalmente o reconhecimento da receita com créditos de PIS e Cofins recolhidos a maior no valor de R$ 1,43 bilhão, assim como uma receita financeira de R$ 1,55 bilhão relacionada ao mesmo tema.

A receita líquida da estatal mineira somou R$ 5,9 bilhões, queda de 15,4%. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 0,2%, para R$ 1,8 bilhão. O Ebitda ajustado para efeitos não recorrentes somou R$ 941,2 milhões, queda de 11,3%.

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