Política Energética

CMSE autoriza contratação emergencial de mais 60 MW no Amapá

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou hoje, em reunião extraordinária, a contratação de até 60 MW adicionais de geração local de energia para o Amapá, nos termos da portaria do Ministério de Minas e Energia) 406 de 6 de novembro, por meio da Eletronorte.

Com isso, já são 120 MW autorizados. A portaria colocou um limite de até 150 MW em contratação emergencial.

“Este montante adicional visa agregar maior disponibilidade de recursos para atendimento à demanda do Estado do Amapá e aumentar a confiabilidade, evitando, portanto, o prolongamento do risco de suprimento apenas parcial à localidade”, diz a nota do CMSE.

Furnas

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Na reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ressaltou que o volume de afluências verificado nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN) tem se mantido abaixo dos valores históricos, com armazenamentos equivalentes muito mais baixos na região Sul, principalmente.

Por isso, foi defendida a manutenção das medidas excepcionais vigentes, com contratação de termelétricas fora da ordem de mérito.

Além disso, o ONS propôs a necessidade de operação da hidrelétrica de Furnas abaixo da cota de 756 metros, cuja perspectiva é considerada iminente pelo operador. Esse liminar foi estabelecido para início da operação da usina a fio d’água, condição que implicaria em perdas energéticas da ordem de 3.300 MW médios. A operação da hidrelétrica Mascarenhas de Moraes será mantida a fio d’água a partir da cota 656,7 metros.

O ONS justificou a proposta alegando que as afluências verificadas em relevantes bacias tem sido as piores do histórico, inclusive a bacia do rio Grande, “o que tem demandado o despacho de todo o parque elétrico disponível, sendo indispensável a geração adicional nas usinas hidrelétricas Furnas e Mascarenhas de Moraes para preservar a garantia do suprimento de energia elétrica à população.

O tema será, então, comunicado à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao fórum que acompanha o tema. “Além disso, o ONS deverá reavaliar a estratégia operativa a ser adotada para este período úmido, ou seja, entre dezembro de 2020 e abril de 2021, e apresentar aos demais atores envolvidos”, diz o CMSE.

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