A agência de classificação de riscos Moody’s espera forte interesse de investidores privados nos próximos leilões de transmissão no Brasil, inclusive no certame previsto para o dia 17 de dezembro. Segundo a agência, os riscos relativamente baixos do setor e as alternativas de financiamento de longo prazo a custos razoáveis justificam o apetite.
A agência espera que os novos projetos sejam financiados essencialmente pelo mercado local, beneficiado pelas taxas de juros baixas e da ampla disponibilidade de recursos de longo prazo por meio de bancos de investimento e debêntures de infraestrutura.
O maior risco, por sua vez, está na construção dos empreendimentos, devido à possibilidade de atrasos e aumento de riscos. As garantias dos contratos de financiamento, contudo, atuam para mitigar esses riscos.
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O cenário atrativo dos leilões fomenta a competitividade, que pode pressionar as taxas de retorno, alerta a Moody’s. Segundo a agência, no último leilão de transmissão, realizado em dezembro do ano passado, o desconto chegou a 60,3% em relação à receita máxima estabelecida pelo edital, ante 20% em média nos certames entre 2015 e 2017.
“O ambiente de competição intensa leva a taxas de retorno relativamente mais baixas para novos ativos. Do ponto de vista de crédito, isso significa que as novas concessões terão menor disponibilidade de fluxo de caixa para cobrir o serviço da dívida, levando a estruturas de capital mais alavancadas”, diz o relatório da Moody’s.
