Óleo e Gás

Moody's prevê barril do petróleo entre US$ 40 e US$ 45 em 2021

Os preços internacionais do petróleo devem oscilar entre US$ 40 e US$ 45 o barril em 2021, enquanto os mercados se reequilibram em uma recuperação econômica desigual no mundo. A projeção é da agência de classificação de riscos Moody’s, em relatório sobre o desempenho da indústria petrolífera do mundo no ano que acaba de começar.

Enquanto os preços devem ficar estáveis, com a recuperação lenta e desigual na demanda por petróleo no mundo, os investimentos das empresas do setor devem se manter em ritmo lento, colocando o crescimento da oferta em risco.

Segundo a Moody’s, os produtores de petróleo em 2021 terão mais capacidade para produzir fluxo de caixa livre, já que os preços devem ficar em um patamar mais elevado do que chegaram a atingir em 2020, no auge da pandemia. 

“Produtores mais fortes vão liderar a recuperação, buscando oportunidades de consolidação para se tornarem mais competitivos em termos de custo, ganhar escala e flexibilidade de capital, e racionalizando os custos de produção”, diz o relatório. Os produtores ineficientes e alavancados, por sua vez, devem enfrentar problemas de liquidez e risco de insolvência.

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O preço do petróleo continuará volátil e sensível às mudanças na oferta, e a recuperação na demanda depende de como será a gestão da recuperação da pandemia em cada país. Para o WTI, a Moody’s espera um preço médio de US$ 40 o barril em 2020. Para o Brent, a projeção é de US$ 45 o barril. No médio prazo, a agência prevê que os preços oscilem entre US$ 45 e US$ 65 o barril.

O fluxo de caixa operacional das empresas deve melhorar neste amo, mas ainda abaixo do esperado, mantendo os investimentos em capital baixos, nos níveis de 2020. A agência prevê que muitas petrolíferas integradas vão continuar mudando as prioridades de investimento para fontes de energia com baixa emissão de carbono, mantendo os orçamentos deste segmento para 2021.

A eleição de Joe Biden nos Estados Unidos reforça essa expectativa, já que o país deve retornar ao Acordo de Paris e seu governo deve reforçar as regras que incentivam fontes limpas de energia, acelerando a transição energética.

A Moody’s não prevê um retorno do crescimento da produção de petróleo na América do Norte, onde os produtores reduziram investimentos e estão usando o fluxo de caixa livre para pagar dívidas, em uma antecipação às mudanças nas regulações e novas políticas “verdes” que devem acontecer na administração de Joe Biden.

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