O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu ontem, 6 de janeiro, e decidiu manter as medidas excepcionais para atendimento à carga. Contudo, foi estabelecido um limite para o despacho de termelétricas fora da ordem de mérito.
Pela nova determinação, a geração termelétrica total das usinas despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), já acrescidos dos montantes proventura importados, não poderá ultrapassar 16.500 MW médios. A mudança passa a valer na próxima semana operativa, que começa em 9 de janeiro.
O objetivo, segundo o CMSE, é privilegiar o uso de recursos termelétricos mais baratos, conforme necessidade, ao mesmo tempo em que se espera a recuperação dos principais reservatórios dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste ao longo da estação chuvosa.
As perspectivas são “boas” para chuvas em bacias importantes nos próximos dias, especialmente na região Sudeste. Ainda assim, são esperadas afluências inferiores às médias históricas em todos os subsistemas. Em dezembro, foi registrada a segunda pior afluência para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em todo o histórico de 90 anos.
Em termos de armazenamento, foram verificados, ao fim de dezembro, os piores valores da última década nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, em 18,7% e 27,4%, respectivamente,
Na reunião de ontem, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou o balanço comparativo entre oferta e demanda previsto pelo Plano Decenal da Expansão de Energia (PDE) 2030, que indica sobra estrutural para atendimento da carga do sistema até 2025.
Há necessidade de expansão para os anos subsequentes, em montantes dependentes dos cenários avaliados. A perspectiva da EPE prevê também que os recursos energéticos distribuídos, como eficiência energética, autoprodução e geração distribuída, vão ter destaque nas projeções nacionais.