Petrobras vende restante da NTS para Brookfield e Itaúsa por R$ 1,8 bilhão

Rodrigo Polito

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Rodrigo Polito

Publicado

29/Abr/2021 14:33 BRT

O conselho de administração da Petrobras aprovou na quinta-feira, 28 de abril, a venda da participação remanescente de 10% na Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a Nova Infraestrutura em Participações Multiestratégia, fundo gerido pela Brookfield e a Itaúsa, atuais acionistas controladores da transportadora. A assinatura do contrato e a conclusão do negócio, avaliado em R$ 1,8 bilhão, estão previstas para ocorrer nos próximos dias.

A NTS detém uma rede de gasodutos de 2 mil km nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

A venda faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras e do acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a promoção da concorrência no setor de gás natural brasileiro.

Cade

Nessa linha, o Cade prorrogou ontem os prazos para que a petroleira efetue a venda de refinarias e de ativos do mercado de gás natural. O prazo para a conclusão dos negócios permanece em 31 de dezembro deste ano. Na prática, o órgão adiou o prazo de etapas intermediárias desses processos.

De acordo com a decisão do Cade, a venda da NTS foi postergada para 30 de abril. Já o prazo para a alienação da participação indireta da Petrobras em distribuidoras de gás natural, seja pela venda de sua participação na Gaspetro ou pela venda da fatia da Gaspetro nessas empresas, foi postergado para 30 de junho.

Na área de refino, o prazo para a assinatura da venda das refinarias Reman, Lubnor e Refap passou para 31 de julho. Já a venda da SIX, Regap e RNEST precisa ser efetuada até 30 de outubro.

O Cade postergou ainda a venda da Repar até 31 de dezembro de dezembro.

Reajuste

Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) confirmou ontem o reajuste de 39% pela Petrobras do custo da molécula e do transporte do gás natural a partir de 1º de maio.

Em nota, a entidade informou ter discutido alternativas com o Ministério de Minas e Energia para atenuar o repasse do custo aos consumidores finais, como um diferimento do aumento do custo para as distribuidoras, mas que não houve consenso com Petrobras e transportadores até o momento.