Tarifa residencial de energia fica 5% acima da inflação em 2021, indica Safira

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Publicado

08/Out/2021 18:41 BRT

De janeiro a agosto deste ano, o índice que mede a inflação da energia elétrica residencial subiu, em média, 4,9 pontos percentuais acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nas principais capitais nacionais.

O dado, divulgado pelo grupo Safira, mostra que no acumulado de 2021, São Paulo foi a capital com o maior aumento em relação à inflação oficial, com 8,9 p.p. acima, seguida por Belém e Recife, onde a tarifa de energia subiu 6,3 p.p. além do IPCA.

Fortaleza e Rio de Janeiro, por sua vez, apresentaram uma alta de 5,6 p.p. acima do índice oficial, ao passo que Salvador (4,2 p.p.), Porto Alegre (com 3,2 p.p.) e Curitiba (3,1 p.p.) também registraram elevação do componente energia elétrica residencial além do IPCA. Por outro lado, em Belo Horizonte, as tarifas mantiveram-se praticamente dentro do reajuste do IPCA, com aumento de apenas 0,1 p.p. acima do índice.

A perspectiva da Safira é de que a elevação superior do custo com energia elétrica se mantenha nos próximos meses, dado o acionamento das bandeiras tarifárias em função da crise hídrica, e em função dos reajustes anuais das concessionárias de energia nos vários estados, considerando o histórico de menores afluências dos últimos anos.

O estudo também mostra que, em 2021, a escalada dos preços da tarifa residencial começou após o mês de maio, que apresentava índice -3,7 p.p. abaixo da inflação, indicador que se reverteu e apresentou 4,6 p.p. em julho, subindo para 4,9 p.p. acima do IPCA em agosto, em média, nas principais capitais brasileiras.

O período coincide com o acionamento das bandeiras tarifárias, que permaneceu amarela de janeiro a abril, e passou a ser vermelha patamar 1 a partir de maio, mudando para vermelha patamar 2 em junho, julho e agosto.

"Temos visto uma escalada gradual das tarifas de energia, bem acima da inflação, e a perspectiva é que os índices subam ainda mais até o final do ano, muito em função da crise hídrica e de seus desdobramentos", observa Josué Faria de Arruda Ferreira, coordenador de Novos Negócios do Grupo Safira.