Para economista da EDF, regulação robusta pode reduzir interferência política em preços

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

20/Out/2021 16:11 BRT

O aumento dos preços de energia e de petróleo e gás em diversos países traz à tona novamente o debate sobre a interferência política nas regras do mercado. No entanto, diferente de falas políticas no Brasil sobre a determinação para redução dos preços dos insumos energéticos, nos demais países o tom do discurso é diferente.

Segundo o o economista chefe da EDF, Thomas Olivier, esse tom não é seguido nos países da América do Norte ou Europa, porque os países buscam assegurar a segurança do mercado, os investimentos. Outras medidas são tomadas nesse sentido, como um relaxamento de regras, mas sem se aproximar dos preços marginais vigentes.

“É necessário uma regulamentação robusta para segurar os impactos da política. Que bom que existe juízo nos Estados Unidos”, disse Olivier que participou de do Brasil Energy Frontiers, realizado nesta quarta-feira, 20 de outubro, de forma online pelo Instituto Acende Brasil.

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro, declarou que determinaria ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a retirada da bandeira escassez hídrica a partir do mês de novembro. Antes disso, iniciou a articulação e conversas no Congresso Nacional para segurar valor os combustíveis.

Outro ponto que os países da América do Norte e Europa relacionam antes de implementarem essas políticas, segundo Olivier, é o valor do voto dos consumidores. Por isso, as políticas levantadas nesses continentes são voltadas para ações de energia limpa e de resposta à crise do aquecimento global.