A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 2.104 projetos para os leilões A-5 e A-6 previstos para setembro deste ano, totalizando 114,86 GW de potência. Para o A-5, que vai entregar energia a partir de 2027, foram cadastrados 2.044 projetos, com 83 GW de potência. Já no A-6, cujo início de operação é em 2027, foram 722 projetos, com 56,134 GW.
Esse será o primeiro leilão de contratação de energia nova que terá obrigação de contratação de 50% da demanda para hidrelétricas com até 50 MW de potência, definido por uma emenda na Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras.
No caso do A-5, a fonte solar lidera os projetos cadastrados, com 1.345 empreendimentos somando 55,8 GW. Na sequência, vem a fonte eólica, com 574 projetos e 23,1 GW.
O certame conta ainda com 91 hidrelétricas, com 1,5 GW, 18 usinas a biomassa, com 1 GW, 6 térmicas a biogás e carvão, com 1,3 GW, e 10 projetos a partir de resíduos sólidos urbanos (RSU), com 180 MW.
O Nordeste é o destaque do A-5, com 23% da potência dos projetos na Bahia; 8% no Ceará; 12% no Piauí; 12% no Rio Grande do Norte; e 19% em Minas Gerais.
No A-6, a fonte solar fotovoltaica ficou de fora, e a eólica lidera os cadastros em número de empreendimentos, com 545 projetos e 21,6 GW. Já as termelétricas a gás natural representam a maior parte dos projetos em potência, com 31,7 GW, por meio de 51 empreendimentos.
As hidrelétricas somam 99 projetos, com 1,6 GW, seguidas pelas térmicas a biomassa, com 18 projetos e 1 GW, e pelas usinas a RSU, com 176 MW e 9 projetos.
Com a predominância das termelétricas a gás, o Rio de Janeiro lidera o volume de potência dos projetos cadastrados, com 29%. Na sequência, aparecem Bahia, com 19%; Pernambuco, com 8%; e Ceará e Rio Grande do Norte, com 6% cada.