Pernambuco e Oncorp assinam contrato de R$ 2 bilhões para novo terminal de GNL em Suape

Poliana Souto

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Poliana Souto

Publicado

16/Dez/2022 18:52 BRT

O governo de Pernambuco e a holding brasileira Oncorp, assinaram nesta nesta sexta-feira, 16 de dezembro, um contrato de investimento de R$ 2 bilhões para a instalação de terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Suape, conhecido como Regás. A multinacional foi vencedora do processo de seleção do Cais de Múltiplos Usos (CMU), localizado no porto. 

A operação da empresa contará com a participação da Shell no fornecimento de gás. Uma das primeiras companhias a receber o combustível, via Regás, será a Termopernambuco, termelétrica de 498 MW.

“Esse novo terminal vai possibilitar que o gás chegue a mais regiões do estado, realizando um incremento na produção. São quase 11 milhões de metros cúbicos que poderão ser disponibilizados, por dia, na nossa rede. Isso vai possibilitar expansões de negócio de energia, podendo chegar na região do Sertão do Araripe, onde temos o maior polo gesseiro do Brasil”, afirmou o governador do estado, Paulo Câmara. 

O terminal funcionará por meio de um navio indústria conhecido como Floating Ship Regaseification Unit (FSRU), que ficará ancorado no CMU. A transformação do GNL na forma gasosa será realizada pelo navio estacionário, conectado por gasodutos à Estação de Transferência de Custódia (ETC), para posterior distribuição pela rede que liga o porto às cidades do Recife e do interior, entre outros estados. 

Segundo comunicado, a área arrendada para uso do terminal é de 33,4 mil metros quadrados e o Porto de Suape receberá R$ 6,2 milhões, por um período de 48 meses, pela cessão da área do CMU. Além do valor do arrendamento, o investimento engloba os custos com o sistema de recepção aquaviária, infraestrutura de cais e amarração, gasoduto e a estação de transferência de custódia. As operações sem o FSRU começam na próxima semana e com o FSRU, nos próximos 12 meses. 

Para o diretor-presidente de Suape, Francisco Martins, o Regás dará maior competitividade comercial a Pernambuco, garantindo mais opções às indústrias e outros setores da cadeia produtiva.  

Já o diretor-executivo da OnCorp, João Mattos, disse que a posição geográfica do porto foi um grande definidor para a instalação do Terminal em Pernambuco.  

“Você consegue, a partir de Pernambuco, fornece para outros estados do Nordeste, isso é um atrativo muito interessante. Outro fator importante [para decisão] é a vocação do Porto de Suape, que tem um grande polo industrial dentro da própria planta, você não encontra isso com facilidade em outros portos brasileiros”, complementou João Mattos.