UE discute pacote de subsídios para transição energética na próxima semana

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

01/Fev/2023 18:35 BRT

Líderes europeus esperam discutir na próxima quinta-feira, 9 de fevereiro, em Bruxelas, o pacote de subsídios para a transição energética do bloco europeu, visando apoiar as empresas da União Europeia (UE) para que não retirem investimentos e possam competir com os Estados Unidos. O escopo inicial foi apresentado no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, pela presidente da comissão, Ursula von der Leyen. 

"Na luta contra as mudanças climáticas, o mais importante é a indústria net-zero. Queremos aproveitar este momento. Somos competitivos. Precisamos de competição. ", disse a presidente da Comissão Europeia, ao apresentar o projeto final na tarde de quarta-feira, 1° de fevereiro.

A iniciativa chamada de ‘Plano Industrial do Acordo Verde’ deve simplificar a regulamentação de projetos e acelerar o acesso ao financiamento para empresas atuantes no setor de renováveis, como baterias, painéis solares, turbinar eólicas, captura e armazenamento de carbono, eletrolisadores para produção de hidrogênio e matérias-primas críticas.  

A UE também estabelecerá metas para expandir tecnologias renováveis até 2030, por meio de critérios para identificar projetos renováveis estratégicos, além de definir padrões em todo o bloco do que será sustentável ou não.  

Ainda no texto apresentado, a comissão defende que os subsídios destinados as empresas devem vir de pacotes já existentes, como o RePowerEu, já que nem todos os países do bloco poderão oferecer subsídios na mesma medida, no curto prazo. Se aprovado, a proposta disponibilizará 250 bilhões de euros para incentivar as companhias. 

No longo prazo, a UE propõe a criação de um ‘Fundo Europeu Soberano’ para ajudar as empresas. Em relação às parecerias internacionais, Ursula von der Leyen disse que a UE está trabalhando para fechar acordos com México, Chile, Nova Zelândia e Austrália.

"Estamos avançando com a Índia e a Indonésia, e precisamos reiniciar uma conversa sobre o acordo do Mercosul. Porque sabemos que precisamos do comércio internacional. Estabelecer cadeias de abastecimento, criar empregos e ajudar a nossa indústria a desenvolver novos produtos", afirmou Leyen.