Refinaria de Mataripe reduz emissões de CO2 em 268 mil toneladas

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

01/Mar/2023 17:36 BRT

A refinaria de Mataripe (antiga RLAM) reduziu suas emissões de dióxido de carbono (CO2) em 268 mil toneladas, equivalente ao plantio de 22 mil hectares de árvores. A informação é da Acelen, braço do fundo de investimentos árabe Mubadala, que opera a unidade há pouco mais de um ano.

“Estamos investindo em tecnologias e iniciativas de eficiência energética para reduzir a geração de gases de efeito estufa, emissão de particulados, consumo de gás natural, a partir de uma série de iniciativas para melhorias ambientais, contribuindo para uma refinaria muito mais sustentável”, destaca Celso Ferreira, vice-presidente de Operações da Acelen. 

Para reduzir as emissões na unidade, a Acelen diminuiu o consumo de energia da refinaria em 6%, também declinou as emissões pelo flare em 54%, as emissões de enxofre em 41% e o consumo de água nas operações de 8%. Além disso, eliminou o uso do cloro, substituindo-o por outros produtos. Segundo a companhia, desde que assumiu a refinaria de Mataripe, vendida pela Petrobras em dezembro de 2021, foram investidos R$ 60 milhões em mais de dez iniciativas de eficiência energética para melhorar o desempenho ambiental. No total, R$ 1,1 bilhão devem ser usados para modernização da unidade.

“Em poucos meses, os ganhos já foram expressivos, proporcionando melhorias nos principais índices ambientais, com destaque para o aumento de eficiência hídrica, energética e menores emissões de gases de efeito estufa”, completou Ferreira. 

Para 2023, a Acelen tem como meta consolidar a cultura ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês) com seu público interno, por meio de desenvolvimento de equipes em sinergia entre as áreas de operação e de recursos humanos.  

Entre as metas já definidas estão a redução de 15% das emissões pelo flare – de 114 para 97 toneladas/dia; diminuição do índice de energia em 9% , passando de 329 a 298 MMBTU/mil m3; declínio no consumo de água e vazamentos de vapor, além de melhorias nas torres de resfriamento em 11%, de 0,165 a 0,147 m³/barril; e ajuste de variáveis de processo na Unidade de Recuperação de Enxofre, que devem ajudar na redução de 39% das emissões, de 326 a 200 t/m. 

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