Hidrogênio

Estudo aponta oportunidades no mercado de trabalho com desenvolvimento do hidrogênio verde

O desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no Brasil vai gerar oportunidades no mercado de trabalho para engenheiros de diversas especialidades, como mecânica, química, ambiental e de produção, além de economistas com experiência em planejamento e gestão, especialistas em regulação e legislação, e profissionais de nível técnico em áreas como eletrotécnica, mecânica e química

Estudo aponta oportunidades no mercado de trabalho com desenvolvimento do hidrogênio verde

O desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no Brasil vai gerar oportunidades no mercado de trabalho para engenheiros de diversas especialidades, como mecânica, química, ambiental e de produção, além de economistas com experiência em planejamento e gestão, especialistas em regulação e legislação, e profissionais de nível técnico em áreas como eletrotécnica, mecânica e química. 

A conclusão é de um estudo apresentado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em parceria com o projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

Segundo o estudo, a produção de hidrogênio verde por eletrólise é um processo muito automatizado e requer pouca mão-de-obra. Os profissionais, por sua vez, devem ser altamente qualificados. 

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Já de olho nessas oportunidades que surgirão, no segundo semestre de 2023, o Senai Cimatec, na Bahia, vai lançar sua pós-graduação em hidrogênio verde. O curso envolverá ainda um centro de excelência no Rio Grande do Norte e cinco laboratórios regionais, em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Bahia e Ceará.

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“Teremos um primeiro movimento, de especialização de quem tem nível superior nas áreas que vão atuar com pesquisa, com o desenvolvimento da tecnologia e a regulação. O segundo movimento é para instalação e operação das plantas, que vai requerer profissionais de nível técnico. Não teremos um curso técnico de hidrogênio verde, mas uma especialização, para que uma pessoa formada em eletrotécnica, por exemplo, seja especializada na temática”, disse o superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai, Felipe Morgado.

O Senai já desenhou o currículo dos cursos e está finalizando a infraestrutura deles, em parceria com o governo alemão. Haverá cursos para instalador de sistemas de eletrólise de usinas de produção de hidrogênio verde, mantenedor de sistemas de eletrólise, operador de logística de transporte de gases, especialista técnico em operação de usinas e uma pós-graduação para especialistas em sistemas de hidrogênio verde.

O estudo aponta que uma parte importante das habilidades e conhecimentos necessários será a integração da produção de hidrogênio verde nas estruturas existentes, levando em conta a volatilidade da energia elétrica gerada. 

Para manutenção, os técnicos de mecatrônica, mecânica e eletricidade devem ser treinados para realizar tarefas de rotina e resolução de problemas para manter as plantas em funcionamento.

De acordo com o estudo, ainda não existe um mercado de trabalho correspondente a carreiras profissionais como “técnico de hidrogênio”, e o conhecimento necessário para os processos industriais deve ser desenvolvido junto com o progresso tecnológico, ampliando carreiras existentes. A qualificação da mão-de-obra existente e a integração do conteúdo de hidrogênio nos treinamentos de graduação existentes é fundamental para um desenvolvimento adequado da mão–de-obra, atendendo às necessidades das economias de hidrogênio verde em estágio inicial.