A China impulsionou o mercado global de pedidos de turbinas eólicas em 2022, somando 134,6 GW em pedidos, e 70% das solicitações, de acordo com uma nova análise da consultoria Wood Mackenzie. Considerando o volume de pedidos global, a consultoria calcula que US$ 74,2 bilhões foram investidos pelos países.
Segundo a Wood Mackenzie, o número de aquisições pelos chineses foi impulsionado, principalmente, pelos fornecedores que buscavam cumprir o 14º plano de desenvolvimento de energia verde de cinco anos no país.
“Embora a China tenha causado um grande impacto na capacidade global de pedidos, a entrada de pedidos fora da China caiu 15% em relação ao ano anterior, para 41 GW, aproximadamente 9 GW abaixo da média de quatro anos para a capacidade de pedidos de 2018 a 2021”, diz o relatório.
Apesar do bom desempenho, a consultoria destaca que os números da China mascararam um pouco a desaceleração dos fabricantes dos equipamentos (OEMs, na sigla em inglês) ocidentais, que foram afetados pelos desafios da cadeia de suprimentos e aumentos de custos, o que gerou um impacto negativo tanto na entrada de novos pedidos, quanto na atividade de instalação fora da China.
Já a América do Norte apresentou uma entrada estável de pedidos de turbinas eólicas, crescendo 7%, na comparação com o ano anterior. O relatório da Wood Mackenzie aponta que a região recebeu um número maior de pedidos a partir do segundo semestre de 2022, quando a Lei de Redução da Inflação dos Estados Unidos entrou em vigor, crescendo cerca de 224% em relação ao primeiro semestre do ano.
Enquanto isso, a energia eólica offshore respondeu por 19 GW de dos novos pedidos, sendo que 80% da atividade veio da China.
Os OEMs chineses Envision, Mingyang e Goldwind lideraram o ranking de entradas de pedidos em 2022, com mais de 17 GW cada.