A EDP Brasil comunicou que o leilão da oferta pública de aquisição de ações (OPA), realizado nesta terça-feira, 11 de julho, na B3, contou com a adesão expressiva para a deslistagem da companhia, refletindo no consequente fechamento do seu capital e saída do Novo Mercado, segmento de governança mais alta da B3.
Como resultado do leilão, a EDP passará a deter 510.895.234 ações ordinárias de emissão da EDP Brasil, que representam 87,91% de seu capital social total. A EDP adquiriu 185.169.240 ações de emissão da EDP Brasil, representando 31,86% de seu capital social total, pelo preço de R$ 23,73, totalizando o valor de R$ 4,4 bilhões.
Com a liquidação do leilão, que deve ocorrer em 14 de julho, permanecem em circulação 55.699.225 ações ordinárias, que representam 9,58% do seu capital social total. Os acionistas que não alienaram as suas ações durante o leilão e desejarem vendê-las à EDP, poderão fazer isto por meio de negociações no segmento básico da B3, até que seja efetivada a conversão de registro para categoria B, ou em até três meses após o leilão (11 de outubro), por meio de pedido ao escriturador.
Segundo a companhia, a OPA faz parte da estratégia para acelerar e reforçar a sua posição no Brasil, “uma vez que os ativos da companhia possuem alto valor agregado e estratégico ao negócio, e traduz-se como uma aposta neste mercado, além de demonstrar a confiança da EDP na economia brasileira, em suas instituições e no ambiente regulatório estável e estruturado do país”.
“Com este resultado, damos um passo importante na concretização da nossa estratégia, comunicada este ano no Capital Markets Day, permitindo a simplificação da nossa estrutura empresarial, e criando e capturando mais valor, resultante de uma presença mais integrada do grupo no mercado brasileiro”, afirmou Miguel Stilwell d’Andrade, CEO do grupo EDP.
Em nota à imprensa, a empresa reforçou seu compromisso com o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro e em manter seus elevados padrões em ESG.
Sua estratégia de crescimento no país tem como foco os segmentos de distribuição, geração eólica e solar, especialmente geração distribuída remota e compartilhada, e transmissão. Em seu plano de negócios, a EDP prevê investimentos de R$ 19 bilhões no país até 2026, e o início da operação de cerca de 50 usinas de geração distribuída ainda neste ano, além de outros projetos de utility scale.
No segmento de distribuição, a EDP Brasil disse estar focada em concretizar o seu ciclo de maior investimento, com atenção para a segurança e manutenção dos resultados, melhorando a qualidade dos serviços que presta a cerca de 3,8 milhões de clientes, além seguir mantendo seus indicadores técnicos abaixo do limite determinado pelo regulador.
Em transmissão, a empresa está atenta às novas oportunidades de crescimento. Desde 2016, a empresa já investiu R$ 4,7 bilhões em obras e projetos de transmissão em nove estados e, atualmente, possui sete projetos de transmissão, totalizando 2.714 km de extensão e nove subestações em seu portfólio, sendo 2.199 km em operação e 515 km em fase de construção ou licenciamento.