Combustíveis

Etanol é uma das melhores possibilidades para descarbonização da frota nacional, avalia Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizou que o governo brasileiro está em vias de aumentar o teor do etanol na gasolina comum. Presente no painel Targeting the Future Cooperation on Bioenergy for Decarbonization, do seminário Sustainable Mobility: Ethanol Talks, em Goa, na Índia, que ocorre nesta quinta-feira, 20 de julho, o ministro usou seu tempo de palco para falar da importância dos biocombustíveis na descarbonização.

Etanol é uma das melhores possibilidades para descarbonização da frota nacional, avalia Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizou que o governo brasileiro está em vias de aumentar o teor do etanol na gasolina comum. Presente no painel Targeting the Future Cooperation on Bioenergy for Decarbonization, do seminário Sustainable Mobility: Ethanol Talks, em Goa, na Índia, que ocorre nesta quinta-feira, 20 de julho, o ministro usou seu tempo de palco para falar da importância dos biocombustíveis na descarbonização.

Segundo o chefe da pasta, a mudança de 27,5% para 30% deve melhorar a octanagem da gasolina e possibilitar à população motores a combustão mais eficiente. A octanagem é a capacidade que o combustível tem de resistir a altas temperaturas na câmara de combustão, sem sofrer detonação, quando exposto ao ar, ou seja, quanto maior a octanagem, maior a resistência à detonação. 

Na avaliação de Silveira, a ampliação do uso do etanol é uma das melhores possibilidades para reduzir as emissões de carbono da frota de veículos nacional. O acréscimo da mistura deve ser incluído como um dos pontos do programa “Combustível do Futuro”, em fase final de elaboração pelo MME. 

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Durante o seminário, Alexandre Silveira afirmou que a aprovação do projeto vai tornar o Brasil o primeiro país no mundo a implementar uma política de mobilidade “com base na avaliação do ciclo de vida do poço à roda dos combustíveis”. Essa iniciativa ajudaria a indústria automotiva a traçar metas para que seus motores sejam mais eficientes.   

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Além disso, ele destacou que com o programa, o Brasil terá mandato para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) combinado com diesel verde – representando uma nova fronteira para a indústria de etanol, em particular para o aproveitamento de seus resíduos. O Brasil possui potencial de produzir 9 bilhões de litros por ano de SAF. 

Brasil e Índia 

O ministro ainda destacou a importância da parceria do Brasil e da Índia para o crescimento do setor, o que deve auxiliar na descarbonização.  

“Desde o primeiro momento, ficou claro que a Índia estava comprometida com a ideia de construir um modelo de mobilidade sustentável, baseada em etanol produzido localmente e melhorando a qualidade da gasolina para o seu consumidor, reduzindo as emissões com menor custo para a sociedade. O comprometimento das autoridades indianas, dos produtores de etanol e dos fabricantes de veículos, se uniu à cooperação com seus pares brasileiros”, disse. 

Brasil e EUA 

Após o discurso, Silveira se encontrou com a secretária do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), Jennifer Granholm, e defendeu uma cooperação bilateral dos países na área de captura e estocagem de carbono.  

“Tive a oportunidade também de reforçar no encontro com a ministra Granholm o trabalho do programa Combustível do Futuro, que vai trazer um marco legal para combustíveis de baixo carbono e captura de carbono. Ela demonstrou grande interesse no projeto e se dispôs a fomentar a colaboração entre as empresas brasileiras e americanas na área de energia limpa e de gestão de carbono”, afirmou Silveira após o encontro.