A Eletrobras pretende continuar as obras de Angra 3 assim como consta em suas obrigações pela lei de privatização da companhia. Dessa forma, as obras independem de a usina ser colocada no chamado Novo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – implementado durante o governo Lula e que deve ser relançando nesta sexta-feira, 11 de agosto.
“Por fazer parte do processo de capitalização, ter sido deliberada ao longo daquele período, nós trabalhamos sempre com a perspectiva de que esse projeto que traz a sua importância para o Brasil continue e seja concluído”, disse Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras em teleconferência com analistas.
Entre os conjuntos de compromissos da privatização está a retomada após a conclusão dos estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que estão “com um leve atraso”, mas em curso.
“A partir desses estudos se planeja o processo de continuidade e a conclusão do projeto com vistas à sua operação. Trabalhamos aqui para que esse projeto seja seguido”, disse o presidente da Eletrobras.
Seguindo o ritmo que foi previsto, após a finalização do estudo do BNDES, o projeto segue para a avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) e, com o aval, passa por aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Hoje a Eletrobras é garantidora das dívidas e financiamentos das obras de Angra 3 da ordem de R$ 6 bilhões da Eletronuclear
“Lembrando que nós não somos os devedores principais. Todas as responsabilidades caem sobre a Eletronuclear e, então, para os acionistas, a depender de cada uma das situações. No caso da dívida, nós somos garantidores”, disse Rodrigo Limp, vice-presidente de Regulação e Relações Institucionais na Eletrobras.