Biocombustíveis

Após 'alerta' da ANP, Raízen esclarece que planta de E2G está pronta, mas ainda não produz

A Raízen ainda não tem autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produção de etanol de segunda geração (E2G), apesar de ter comunicado, em outubro, o início de operação de usina de E2G no Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba, em São Paulo.

Após 'alerta' da ANP, Raízen esclarece que planta de E2G está pronta, mas ainda não produz

A Raízen ainda não tem autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produção de etanol de segunda geração (E2G), apesar de ter comunicado, em outubro, o início de operação de usina de E2G no Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba, em São Paulo.

Diante do comunicado ao mercado sobre o início da operação da usina, a ANP abriu processo para fiscalização sobre eventual aumento de capacidade produtiva da Raízen. A empresa foi notificada a comprovar que o E2G ainda não era produzido na planta, e foi autuada por não atender integralmente as solicitações da agência.

A Raízen alegou que divulgar o início da operação da usina de E2G não significava informar sobre o início da produção do combustível. Segundo novo comunicado da empresa, divulgado em 21 de dezembro, o que foi informado foi “o início da operação da nova planta de E2G, tendo em vista a conclusão das obras de construção e o início do processo de comissionamento (…). O Comunicado ao Mercado não informou o início da fase de produção”. Além do início da operação da usina, na ocasião foi mencionada capacidade nominal de produção de 82 mil m³ por ano e investimento total de R$ 1,2 bilhão. A nota também informava que 80% da capacidade produtiva já estava contratada.

O novo comunicado que esclarece sobre a ausência de produção de E2G foi enviado depois que a ANP informou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a companhia não tinha aval para produzir o combustível. “Ao contrário do que informou como fato relevante ao mercado, a empresa não iniciara as operações sem a autorização da ANP, pois não teria iniciado a produção de etanol de segunda geração”, diz ofício enviado à CVM pelo superintendente de Produção de Combustíveis da ANP, Brunno Loback Atalla.

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AGU avaliou publicidade do processo

O trâmite administrativo na ANP sobre a suposta produção de E2G pela Raízen gerou ainda um impasse sobre a publicidade dos documentos trocados entre a empresa e a agência, que foi avaliado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A Raízen solicitava sigilo nas correspondências alegando que havia informações sigilosas sobre as atividades desempenhadas na instalação e sobre a estratégia de negócios da empresa. A AGU, entretanto, decidiu pelo acesso aberto do processo, com exceção de um documento em particular.